E lá se votou...
O que resultou das eleições foi a eleição de um candidato desinspirado e desinspirador mas que, sobretudo em Portugal, beneficia de três créditos: (i) sabe fazer contas (senão, exportávamos o candidato para a ONU), (ii) percebe de economia (senão já estava numa qualquer empresa pública, só para não maçar) e (iii) é sério, honesto e trabalhador (qualidades humanas que, pelo menos conjugadas, não parecem fazer parte do léxico de muito candidato).
O que resultou das eleições foi que a repetição de palavras de direita, por parte de um candidato de esquerda, pior, de uma esquerda saudosista e devidamente munida de uma bela barba jacobina deram a uma candidatura votada ao fracasso uma projecção inusitada. Menos mal, porque ainda que má, nada excedia o terceiro candidato.
De Soares retivemos sobretudo três coisas: (i) tem mau sentido de timming (e o timming, também na política, é tudo!), (ii) deixa a imagem de candidato perdedor e com mau perder (a omissão de Alegre no discurso está quase ao nível da sua saída do Parlamento Europeu) e (iii) pelo menos desta vez, não violou a lei eleitoral. Felizmente, e menos que descubra o elixir da eterna juventude, foi a sua última candidatura.
A Jerónimo reconheço a inadequação das ideias e a genuinidade do pensamento. Pouco tenho a criticar, já que até gosto de museus de história natural e que, pelo menos, não prega pelos pobres através da janela de um BMW.
Ficam Louçã e Garcia Pereira, os candidatos que lutam pelos desfavorecidos (de estimação) mas que vivem onde eu gostava de viver, conduzem o carro que eu gostava de conduzir, e trabalham o número de horas que eu gostava de trabalhar. Mas a esquerda apenas postula a titularidade colectiva dos meios de produção? Certo. Mas pelo menos não finjam que se preocupam. Do mal o menos, Garcia Pereira foi o único candidato de esquerda que manteve (a par do idealismo, que até nem é defeito) uma noção clara do que se estava a passar, e da hecatombe que pairava sobre as esquerdas.
Não sei se conscientemente, mas o povo que a esquerda diz apenas seu não se enganou.
O que resultou das eleições foi a eleição de um candidato desinspirado e desinspirador mas que, sobretudo em Portugal, beneficia de três créditos: (i) sabe fazer contas (senão, exportávamos o candidato para a ONU), (ii) percebe de economia (senão já estava numa qualquer empresa pública, só para não maçar) e (iii) é sério, honesto e trabalhador (qualidades humanas que, pelo menos conjugadas, não parecem fazer parte do léxico de muito candidato).
O que resultou das eleições foi que a repetição de palavras de direita, por parte de um candidato de esquerda, pior, de uma esquerda saudosista e devidamente munida de uma bela barba jacobina deram a uma candidatura votada ao fracasso uma projecção inusitada. Menos mal, porque ainda que má, nada excedia o terceiro candidato.
De Soares retivemos sobretudo três coisas: (i) tem mau sentido de timming (e o timming, também na política, é tudo!), (ii) deixa a imagem de candidato perdedor e com mau perder (a omissão de Alegre no discurso está quase ao nível da sua saída do Parlamento Europeu) e (iii) pelo menos desta vez, não violou a lei eleitoral. Felizmente, e menos que descubra o elixir da eterna juventude, foi a sua última candidatura.
A Jerónimo reconheço a inadequação das ideias e a genuinidade do pensamento. Pouco tenho a criticar, já que até gosto de museus de história natural e que, pelo menos, não prega pelos pobres através da janela de um BMW.
Ficam Louçã e Garcia Pereira, os candidatos que lutam pelos desfavorecidos (de estimação) mas que vivem onde eu gostava de viver, conduzem o carro que eu gostava de conduzir, e trabalham o número de horas que eu gostava de trabalhar. Mas a esquerda apenas postula a titularidade colectiva dos meios de produção? Certo. Mas pelo menos não finjam que se preocupam. Do mal o menos, Garcia Pereira foi o único candidato de esquerda que manteve (a par do idealismo, que até nem é defeito) uma noção clara do que se estava a passar, e da hecatombe que pairava sobre as esquerdas.
Não sei se conscientemente, mas o povo que a esquerda diz apenas seu não se enganou.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home