
É interessante observar a gritante diferença de filosofias dos sindicatos nos Estados Unidos da América e em Portugal. Os primeiros tentam melhorar as condições de trabalho através da limitação do afluxo de trabalhadores menos qualificados à sua área de actividade, valorizando assim os seus melhores trabalhadores numa determinada profissão. Por cá, agregam-se todos (os bons, os assim-assim e os maus) numa luta "contra" a "entidade patronal" (pública ou privada) por um melhor salário "para todos" os trabalhadores.
2 Comments:
At 10:38 da manhã,
Nuno Moraes Bastos said…
A diferente perspectiva não deixa, também, de ter raízes e reflexos na respectiva lei laboral.
Na verdade, a legislação laboral norte-americana prevê (obviamente com pagamento de indemnizações) algumas facilidades no despedimento de trabalhadores que, na Europa e em particular por cá, se vão negando.
Assim, as empresas norte-americanas - que recorde-se, são empregadores e não malfeitores - contratam com menos receio, na exacta medida em que podem "emagrecer" se necessário.
Por cá, a legislação laboral vai funcionando como um dardo tranquilizador para elefantes: atinge as empresas com uma indizível incapacidade de reacção, no caso aos mercados.
Em suma, os EUA recuperam mais facilmente das depressões, porque o seu tecido empresarial pode "cortar gordura em excesso"; na Europa, há quantos anos ouvimos falar de recessão?
At 5:33 da tarde,
Paulo Martins said…
O problema é que a manutenção do estado da nossa lei laboral se deve em muito à irresponsável acção sindical. Lembremo-nos da tentativa recente "frustrada" do Bagão Félix.
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