Tertúlia Liberal

Pretende-se REFLECTIR o mundo e a sociedade, com uma nota crítica mas sem pessimismos.

segunda-feira, novembro 13, 2006


Eleições no Brasil

É uma verdadeira vergonha ganhar eleições desta forma. É muito fácil dar aos pobres um pratinho de feijão todos os dias durante um (dois, três, …) mandato. Bem mais difícil é estruturar o desenvolvimento de um país, é criar prioridades nos investimentos para criar riqueza, é dar antes trabalho aos mesmos pobres para que ganhem eles o seu pratinho de feijão.
Nestes casos tão evidentes de populismo barato nos países subdesenvolvidos não tenho dúvidas, devia haver uma qualquer autoridade mundial a estabelecer um conjunto de regras sobre a forma como os líderes dos partidos de poder se deviam comportar, pelo menos, em campanha eleitoral ? Estamos a falar de países que representam uma larga fatia da população mundial e que anos após anos se vêem condenados à mediocridade. Perguntam-me: e a soberania do Estado, pode ser assim violada ? Pode e deve.

9 Comments:

  • At 9:45 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Não concordo. O povo brasileiro é mesmo isso. No Brasil não mora a razão, só dá lugar a sentimento.

    E olha que eu venho dos trópicos ...

    "Pinguim dos Trópicos"

     
  • At 9:15 da manhã, Blogger Nuno Moraes Bastos said…

    Da mesma forma como discordo de paternalismos estatais no plano interno, mais entendo ser desadequado um qualquer nível de intervenção internacional de pendor similar.

    Todos nos lembramos da vergonha que foi termos por estas bandas uns senhores do FMI a ensinarem como fazer as coisas (e nem com explicações privadas lá fomos!)...

    Todos devemos ter presente que, por muito que a soberania popular seja muito raramente asisada, constitui critério único para o estabelecimento de um plano de igualdade.

    Finalmente, para quê dar (ainda mais) azo a hegemonias internas (ora licitamente) motivadas por fora?

     
  • At 11:17 da manhã, Blogger tiroliro007 said…

    A maior vergonha aconteceu na Áustria um país supostamente civilizado em que o seu líder democraticamente eleito - Haider - foi destituído por fantasmas que continuam a dizer mal de tudo o que é direita na nossa europa.
    Quanto ao lula, o que acho ainda mais espantoso, é a excelente relação que ele tem com o burro do bush.
    O homem não é de todo de esquerda ou ainda que o seja é da esquerda fillet mignon. Vejam o aero lula (forma como os brasileiros chamam ao avião do lula) e depois digam-me.
    Não creio que as eleições sejam mais democráticas por todo o povo votar, pois se o mesmo se demonstra pouco esclarecido. Estamos longe da apregoada democracia.

     
  • At 11:28 da manhã, Blogger Paulo Martins said…

    E vê lá se não aprendemos.

    E afinal o que é a UE, o Plano de Estabilidade e Crescimento e a aplicação de sanções caso não cumpras metas ? Acham mais grave regular campanhas eleitorais ou regular orçamentos de estado ?

    Nunca mais nos livramos dos Lulas, Chavéz e Fidéis ...

     
  • At 12:07 da tarde, Blogger tiroliro007 said…

    Totalmente de acordo paulo. Mas com uma nuance. Já somos uma união económica. Teoricamente pensava que não eramos uma união política.
    Com essa ingerência o que pensar disso?
    A UE diz-nos também em quem votar

     
  • At 2:56 da tarde, Blogger Nuno Moraes Bastos said…

    Sufragar o conteúdo das políticas eleitoralmente sustentadas de é substancialmente diferente de definir políticas comuns ou fortemente reguladas.

    No mais, todos nos lembramos da diferente postura que se assumiu face a Maastricht perante França e Dinamarca, certo?

     
  • At 10:50 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Já estava a estranhar que a minha ignorância não viesse à tona...

    "No mais, todos nos lembramos da diferente postura que se assumiu face a Maastricht perante França e Dinamarca, certo?"

    Errado. Eu não me lembro, pelo que agradeço que me explique.

    "Pinguim dos Trópicos"

     
  • At 11:26 da tarde, Blogger Paulo Martins said…

    Não se pretende uma ingerência nos assuntos internos destes países. Pretende-se unicamente criar o mínimo de honestidade intelectual numa fase prévia às eleições. Regras mínimas para países com um nível de instrução muito baixo. A democracia deve ser moldada ao povo a que se aplica.

     
  • At 10:11 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Mais estranho do que a reeleição do Lula, foi a forma como ela aconteceu. Depois de ser forçado a uma 2ª volta, acabou por ganhar com mais de 20% do que o seu opositor. Fiquei "surpreso", utilizando uma expressão brasileira, com a alteração tão vincada de sentido de voto do povo brasileiro.
    Mas, claro, quando vamos ver os motivos (nomeadamente a campanha eleitoral e todas as promessas a ela inerentes), começamos a perceber melhor... o exemplo do pratinho de feijão é perfeito. Sobre o emprego, vi uma estatística que mostrava que o Lula prometeu criar no 1º mandato 10000 novos empregos, mas ficou-se pelos 4500...
    Depois houve o escândalo do "Mensalão"... enfim, esperemos para ver o que consegue agora no 2º mandato.

     

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