
Já há algum tempo pensava escrever um post dando este destaque (merecido) a estes dois campeões extraordinários do Ténis Mundial: Roger Federer (suiço) e Rafael Nadal (espanhol).
Quem se interessa minimamente por este desporto espectacular, não fica indiferente aos números conseguidos nos últimos anos por estes dois homens: Federer, penta-campeão de Wimbledon (piso relva); Nadal, tri-campeão de Roland Garros (piso terra batida). Mais impressionante é o facto de, em ambas as competições que referi, este ano as finais terem sido disputadas entre os dois, o que deixa transparecer a qualidade extra destes dois atletas. Penso que há muitos anos que não havia um domínio tão vincado de dois tenistas, como há agora (nem sei se chegou a haver... deixo à vossa análise).
Ao acompanhar este edição de Wimbledon, não deixo, no entanto, de referir que o Nadal acabou por beneficiar da desistência do vencedor do nosso Estoril Open, Novak Djokovic, que passou hoje (ainda assim) para o 3º lugar. No entanto, mostrou que mereceu estar na final, pela luta que deu a Federer, na sua superfície preferida.
Uma última referência ao nosso país. Portugal está ligado de maneira directa a este alto nível do Ténis, por dois pontos: (i) o árbitro da final de Wimbledon foi português (Carlos Ramos); (ii) um dos tenistas preferidos do campeoníssimo Federer para aquecimento para os jogos é um júnior português, Gastão Elias (esperemos que continue a evoluir para chegar, não só ao top 100, mas mais alto).
9 Comments:
At 10:55 da manhã,
Anónimo said…
É um desporto desde logo fabuloso. Já aqui escrevi: o jogo só termina quando um dos jogadores vence o n.º de sets mínimo (podemos ter reviravoltas gigantescas no resultado, e assim grandes jogos), a intervenção do árbitro é reduzida ao mínimo, é um jogo altamente técnico (exige uma dedicação espantosa), muito táctico e inteligente (...)
Não concordo quando dizes que há um domínio de 2 tenistas. Federer tem um currículo muitíssimo superior, deixo só alguns dados (desde 1998 - menos 4 anos no circuito que Nadal):
3 Open Austrália;
5 Wimbledon;
3 US Open;
49 Títulos simples.
Comparado com Nadal (desde 2002):
3 Roland Garros
17 Títulos simples.
At 3:06 da tarde,
Miga said…
É bem verdade, Paulo. E isso foi mais uma vez visível, nesta edição de Wimbledon: o Nadal nos 1/4 de final esteve a perder por 2 sets a 0, vencendo os três seguintes por 6-2, 6-1 e 6-2 (se não me falha a memória)! Fantástico, sem dúvida!
Quanto ao árbitro, é realmente, um dos desportos (senão mesmo o único) em que não se lhe pode imputar quaisquer culpas no resultado final. Para além disso, é digno de nota a inteligência de terem introduzido o "Olho de Falcão" para aquelas decisões mais dificeis (em cima da linha). Umas vezes a favor do jogador, outras contra, a verdade desportiva é que sai sempre a ganhar.
Obrigado por estes números, Paulo. De facto, visto assim o domínio, nomeadamente do Nadal, não é tão evidente. No entanto, a minha análise centrou-se nas conquistas consecutivas em dois dos principais torneios do circuito, por parte de ambos. Mas concordo também que, com os dados que mencionaste, não é tão esmagador como referi.
At 3:08 da tarde,
Anónimo said…
Errata:
onde se lê "menos 4 anos" deve ler-se "mais 4 anos"
At 3:11 da tarde,
Anónimo said…
O mesmo sistema "Olho de Falcão" vai ser experimentado este ano na Premier League ...
At 5:02 da tarde,
Nuno Moraes Bastos said…
Paulo,
Três notas:
1. Olho de Falcão parece nome de filme classificado para maiores de 18;
2. Com tanta estatística, consta que o Gabriel Alves treme de medo.
3. O ténis é um belíssimo desporto que se tornou, nos últimos anos, cada vez menos espectacular (como, de resto, o futebol).
Miga,
Bom post. Melhor, só se postasses a fotografia do Barbas com a camisola rosinha...
LOL
At 10:45 da tarde,
Miga said…
NMB,
Obrigado pelo elogio... quanto à tua "proposta" prometo que se vir uma foto do Barbas com a camisola cor-de-rosinha, vou postar sobre isso! :)
Quanto ao teu ponto 3, pelo que disse no post, discordo que o ténis esteja menos espectacular. Ainda nos últimos dois torneios, podemos assistir a espectáculos fabulosos, quer pela incerteza do resultado, quer pela espacularidade dos lances.
At 12:32 da manhã,
tiroliro007 said…
Elementar meu caro Miga.
À semelhança do Paulo acho que não são comparáveis as carreiras dos tenistas em causa.
A verdade é que não há ninguém que se compare a Federer, e muitos dos tenistas recém retirados já o apontam como o melhor tenista de todos os tempos.
Fiquei feliz com a vitória do talento, beleza técnica das pancadas e frieza contra a histeria e força do espanholito.
Registo, todavia, que o nadal cada vez menos é apenas um jogador de terra batida.
Quanto aos aspectos que citas em abono do nosso país também registo o melhor lote de tenistas desde sempre que o torneio do Estoril acolheu este ano.
PS: Ir ao torneio de wimbledon é um dos meus sonhos desportivos, que confesso gostaria de realizar em breve.
At 9:52 da manhã,
Miga said…
Caro Tiroliro,
É, sem dúvida, um belo sonho desportivo... oxalá consigas realizá-lo em breve como desejas!
Apesar de ter referido Federer e Nadal como os dois melhores tenistas da actualidade, reconheço que o Federer é muito mais completo, muito mais técnico e com muito mais classe que o Nadal. Fora a impressionante diferença de títulos entre os dois. Se bem que, no confronto directo ganha o Nadal por 8-5, depois da última vitória do Federer.
Não te pronunciaste sobre o "Olho de Falcão" introduzido no ténis. O que achas?
At 5:36 da tarde,
Anónimo said…
Também não acho que o ténis esteja menos espectacular, basta ver (tive que ver em diferido pois tal como vocês, estava na festa da nônô ...) a final de Wimbledon.
Ténis espectacular do primeiro ao último minuto, acho que faltam mais jogadores de top10 bons. Antes, é verdade, havia mais. Há não muito tempo quando se iniciava um Wimbledon tinhamos um Sampras, Jim Courier, Ivanisevic, Agassi, Rafter, Stich, Krajiceck, Medvedev, e só depois vinha a espanholada ...
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