Confesso que – pelo menos em momentos de plena lucidez - nunca me desloquei ao cinema para assistir a sequelas, mas a tradição já não é o que era.
Em primeiro lugar, porque tenho por séria e útil ao actual momento da coisa pública o regresso de uma figura, tutelar e plena de autoridade como Cavaco Silva, que ontem anunciou estar de regresso.
Em segundo lugar porque as “alternativas” que se perfilam no horizonte não o são, se é que - em rigor – alguma vez o foram.
E é esta a principal nota de preocupação que aqui deixo…
A coisa pública perdeu – e hoje em dia acentua – capacidade atractiva para os que realmente interessam.
A política funciona hoje em circuito fechado, encontrando-se entregue aos contemporâneos da revolução, hoje (ainda) menos lúcidos, e às juventudes partidárias, usualmente lideradas por “jovens” que já não o são. Uns e outros são inadequados para a causa pública, porque alheados do mundo real e de uma vida profissional bem sucedida.
Atente-se nas candidaturas apresentadas às presidenciais vindouras.
De entre os candidatos que podem ser levados a sério, um julga-se acima da lei, do bom senso, e da sua própria finitude; outro continua mergulhado – mercê do lirismo que lhe é próprio – numa época que já passou; os demais não devem – sequer - ser considerados.
Amargura? Não, realismo… Quantos dos que lêem o post consideram – face a uma carreira profissional bem sucedida – a política como uma alternativa ou possibilidade?
Ainda que sem a clarividência de Paulo Martins – qual versão masculina e sportinguista da Maya - arrisco-me a dizer que muito poucos.
Aliás, o “nível” do debate político nas últimas autárquicas dispensa-me qualquer explicação adicional.
Assim, aguardo pela continuação da (pré) campanha de Cavaco Silva ao nível da promissora apresentação, e da inegável carreira pública.
Em primeiro lugar, porque tenho por séria e útil ao actual momento da coisa pública o regresso de uma figura, tutelar e plena de autoridade como Cavaco Silva, que ontem anunciou estar de regresso.
Em segundo lugar porque as “alternativas” que se perfilam no horizonte não o são, se é que - em rigor – alguma vez o foram.
E é esta a principal nota de preocupação que aqui deixo…
A coisa pública perdeu – e hoje em dia acentua – capacidade atractiva para os que realmente interessam.
A política funciona hoje em circuito fechado, encontrando-se entregue aos contemporâneos da revolução, hoje (ainda) menos lúcidos, e às juventudes partidárias, usualmente lideradas por “jovens” que já não o são. Uns e outros são inadequados para a causa pública, porque alheados do mundo real e de uma vida profissional bem sucedida.
Atente-se nas candidaturas apresentadas às presidenciais vindouras.
De entre os candidatos que podem ser levados a sério, um julga-se acima da lei, do bom senso, e da sua própria finitude; outro continua mergulhado – mercê do lirismo que lhe é próprio – numa época que já passou; os demais não devem – sequer - ser considerados.
Amargura? Não, realismo… Quantos dos que lêem o post consideram – face a uma carreira profissional bem sucedida – a política como uma alternativa ou possibilidade?
Ainda que sem a clarividência de Paulo Martins – qual versão masculina e sportinguista da Maya - arrisco-me a dizer que muito poucos.
Aliás, o “nível” do debate político nas últimas autárquicas dispensa-me qualquer explicação adicional.
Assim, aguardo pela continuação da (pré) campanha de Cavaco Silva ao nível da promissora apresentação, e da inegável carreira pública.
2 Comments:
At 5:13 da tarde,
Paulo Martins said…
A política de hoje faz-se por aqueles que compõem os aparelhos partidários, por aqueles que seguem uma carreira política dentro do partido, e aqui o PS está bem pior que o PSD, onde se vão juntando uns quantos todos os anos provenientes das "absurdas" jotas.
At 7:57 da tarde,
Nuno Moraes Bastos said…
É que no PS, à percepção do aparelho acrescem outras "forças" que me abstenho de identificar.
A verdade é que condicionam fortemente alguns sectores (sobretudo os mais jacobinos) do partido...
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