Tertúlia Liberal

Pretende-se REFLECTIR o mundo e a sociedade, com uma nota crítica mas sem pessimismos.

domingo, outubro 28, 2007

O que se passa com as grandes bandas de música capazes de marcar uma geração ? Cresci a ouvir Queen, Dire Straits, Police, Pink Floyd, etc. Hoje parece que a música, mesmo a denominada comercial, capaz de chegar a larga audiência, se resume às actuações a solo, a uma carinha bonita tipo Shakira ou Enrique Iglésias (presumo, dada a companheira ...), boa voz (casos raros), à volta do incontornável tema do amor, sendo depois o resultado final musical sempre muito penoso, passageiro, não fica, não marca.

A música, a meu ver, não é mais do que um reflexo de como hoje se vive. As pessoas procuram tudo o que é descartável, o passageiro, o que não fica. O estrelato musical é atingido e extinto muito rapidamente. Nada fica, nada marca, tudo passa!

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6 Comments:

  • At 8:50 da manhã, Blogger Nuno Moraes Bastos said…

    Paulo,

    Noutra perspectiva, tinhas também AC/DC ou Iron Maiden (carreiras de 20 anos)...

    O gosto musical é mediaticamente "educado" para mudar (demasiado) rápido.

    Se há cinco anos ouvias NU Metal (Papa Roach, Linking Park ou Limp Bizkitt), hoje deixaram de passar... Nada se mantem.

    A música é - hoje - o momento.

     
  • At 2:24 da tarde, Blogger Miga said…

    É, de facto, pertinente a pergunta que colocas. Os grupos que referes extinguiram-se, mas lembrei-me logo de uma (grande) excepção: U2. Outra poderiam ser os Metálica.

    Bom, e por cá, não esquecer os Xutos (não é que seja grande fã, mas o meu irmão por exemplo, sempre que pode vai a mais um concerto!) :)

    É verdade que os grupos que referes se desmembraram, mas as vozes (dos vocalistas) continuaram em carreiras a solo, nomeadamente com os Dire Straits (Mark Knopfler) e com os Police (Sting).

    É verdade que há muitos artistas ou cantores que produzem um tipo de música "descartável", mas outros há que vão aparecendo com alguma qualidade, nomeadamente James Blunt ou Michael Bublé.

    Agora bandas novas que se vejam que têm qualidade e futuro não estou a ver nenhuma, de facto.

     
  • At 12:42 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Miga,

    Mesmo as bandas que referes, U2, Metallica, Xutos , nasceram e cresceram na década de 80. Durante a década de 90 até aos dias de hoje (17 anos ?!?!) não foram criadas bandas que conseguissem substituir as extintas e criar algo de novo em termos musicais. Tivemos o movimento grunge no final da década de 80/início 90 com bandas interessantes (Pearl Jam, Nirvana, Alice in Chains, ...), mas efémero.

    Aliás, é estranho que algumas bandas se dediquem em exclusivo, e com grande sucesso, a dar concertos que visam unicamente copiar os temas das tais grandes bandas que mencionei. Ainda há pouco tempo fui ver ao Pav. Atlântico uma banda que imita os Pink Floyd e o Pav. Atlântico esgotou. O que significa que ainda há público para música de qualidade.

    Não estará o problema de raíz com as editoras que procuram o lucro fácil e rápido com as tais carinhas bonitas e música de estação?

    É evidente que há músicos de qualidade hoje em dia, mas têm uma projecção infinitamente inferior à que tinham as grandes bandas do passado.

     
  • At 12:41 da manhã, Blogger tiroliro007 said…

    Também concordo que a música actual não deixa marca e é caracterizado por ser efémera.
    Aos nomes mencionados acrescento Bryan Adams, Tina Turner, Eric Clapton, Peter Gabriel, Sting, Springsteen, etc.
    Antigamente além de grande música alguns concertos eram marcados por grande espectacularidade. Tina Turner e Madonna eram bons exemplos disto mesmo.
    Actualmente dizem-me que apenas temos um intérprete - one man show. O R. Williams.
    Sinceramente, as gerações mais jovens não vão poder usufruir da qualidade musical que pudemos ser testemunhas.

     
  • At 9:33 da manhã, Blogger Nuno Moraes Bastos said…

    Paulo, Tiroliro, Miga,

    A música, hoje, é o momento.

    Mas isso nada tem de diferente relativamente ao que se passa noutras áreas... Os autores da moda alteram-se em meia dúzia de anos, o design evolui a muito mais velocidade (o que se reflecte em objectos do dia a dia: televisores, barras de tejadilho, estúdios de televisão, etc.: pensem lá as cores e formas que foram utilizadas nos últimos anos), etc.

    Não vejam nisso um fatalismo ou a tradução prática de uma qualquer falta de qualidade mas sim um sinal dos tempos.

    Ah! E larguem esse discurso de "velhos" sff.

    Miga,

    Tenho-me conseguido aguentar mais ou menos civilizado mas... Algum dia teria de ser: lamento profundamente que o meu Celtic se tenha deixado ir abaixo ;-)

     
  • At 1:13 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Caro Amigo Paulo,

    Já te conheço á tantos anos e ainda não sabia deste teu "carinho" e admiração pelo Henrique Iglesias, agora gostei da subtileza de criares este post para nos confessares isto !!!

    BF

     

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