Tertúlia Liberal

Pretende-se REFLECTIR o mundo e a sociedade, com uma nota crítica mas sem pessimismos.

sábado, fevereiro 24, 2007


Era uma questão de tempo! O Bloco de Esquerda sem nunca ter assumido qualquer cargo executivo podia dar-se ao luxo de fazer política demagógica, gritar bem alto por princípios e convicções do seu cantinho político.

Pois é, teve a sorte ou o mérito (ou talvez o azar!) de eleger uma ilustre senhora (a Anita, como é carinhosamente tratada no partido) para Presidente de Câmara de Salvaterra de Magos nas últimas (recentes) eleições autárquicas. E não é que a senhora (a única Presidente de Câmara eleita pelo BE) foi constituída arguida em dois processos judiciais por eventuais irregularidades em processos de licenciamento ?!?

E agora Sr. Louçã ? Onde está o seu discurso altivo e acertivo contra a corrupção e os malfeitores locais (ex: Avelino Ferreira Torres, Isaltino Morais, Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras, ...) ?

Pois é, Sr. Louçã (Sr. Rosas, ...)! Bem vindo ao mundo da política. É um mundo tramado ...

PS – não pretendo com este post condenar antecipadamente a Sra. Ana Ribeiro. A arguida goza de presunção de inocência até o processo transitar em julgado. É pena que só agora o Sr. Louçã o tenha que afirmar publicamente, como já o fez timidamente, e antes o tenha ignorado em situações idênticas.

15 Comments:

  • At 1:10 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Em todos os partidos e cargos políticos sempre exitiram (existem) ovelhas negras. Assim, não me surpreende que tal também aconteça no BE.
    No entanto, não me parece que as críticas tecidas ao Louça sejam totalmente justas. A verdade é que, tanto quanto sei, pelo que é divulgado na comunicação social, existem diferenças entre a situação da "Anita" e dos demais (ex) autarcas indicados.

    "Pinguim dos Trópicos"

     
  • At 5:54 da tarde, Blogger Nuno Moraes Bastos said…

    PdT,

    Diferenças de quê: género? Um arguido é um presumível inocente. Sempre.

    A superioridade moral da esquerda sempre me irritou.

    A superioridade moral da esquerda quando se arroga em defensora dos valores democráticos não obstante os desvarios múltiplos do socialismo, os abusos dos pseudo-populares líderes de alguma América Latina ou, se se preferir, os golpes de estado falhados cá no burgo, sempre me irritaram solenemente.

    Coerência precisa-se (mas não se espera: para tanto era necessário um projecto político que fosse além de um conjunto de clichés).

     
  • At 12:07 da manhã, Blogger tiroliro007 said…

    Como nota prévia não defendo que sempre que um autarca seja constituído arguidodeva suspender o mandato. No meu entender deverá fazê-lo caso o crime de que é indiciado tenha a ver com o exercício das suas funções.
    Posto isto, e como diz bem o nuno a superioridade, arrogância e intolerância desta esquerdinha suburbana e tão querida pelos nossos jornalistazecos é reduzida a nada.
    Este caso, como salientas Paulo, é evidente. Dois pesos e duas medidas quando a análise diz respeito a dois partidos diferentes.
    Haja coerência.
    Aliás o Bloco conseque ter 100% de presidentes de autarquia arguidos, algo inédito neste país. :)









    Não estou assim de acordo com o

     
  • At 11:16 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Estas foram algumas das frases utilizadas pelo Sr. Louçã nas últimas autárquicas no comício de encerramento em Lisboa (é só consultar na internet em qualquer jornal electrónico - 07/10/2005):

    " O BE demonstrou ao eleitorado que pode existir uma "cultura de transparência", mesmo na terra dos "candidatos bandidos" nos concelhos de Oeiras, Amarante, Felgueiras e Gondomar."

    "O partido entende que a luta contra a corrupção", que o combate ao "jeito bandido de fazer política", utilizado por Valentim Loureiro ou Avelino Ferreira Torres, é uma prioridade."

    "O partido soube contrapor aos "candidatos bandidos" a "cultura da transparência"."

    Depois vierem as palminhas ...

     
  • At 4:34 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Na política, os telhados são todos de vidro, o F. Louçã já deveria sabê-lo. Fica a nota de rodapé: eu não sei se ela acerta (acertivo), mas assertivo é (mesmo que não se goste). A política anda com demasiadas "Anita's" e Louçã's.
    Quero ir viver para um país decente. Sabes se existe?

     
  • At 5:16 da tarde, Blogger tiroliro007 said…

    Também eu gostava de viver nesse país.
    O que me chateia verdadeiramente é o louçã ser um protegido dos nossos jornais enquanto o tiranossauro jardim é constantemente atacado (atenção que não gosto e nem me revejo na figurinha). Vejam o que diz o daniel oliveira no expresso sobre o povo da madeira. É incrível constatar que o voto do povo é fundamental mas desde que votem em quem eles querem. Viva a liberdade !!!
    Viva a liberdade de expressão, a democracia mas desde que seja de quem nós gostamos.
    Pobrezinhos. Perdoai-os Senhor

     
  • At 6:01 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    O Louçã é protegido dos jornais?! mas a receita é simples: banda larga, que é como quem diz, muitas palavras por segundo, ditas com o pescoço hirto, em tom assertivo.
    O que ele diz? - irrelevante.
    Já percebi que não é bom ir para a Madeira, até porque (embora seja vergonha dizer) é Portugal.
    Coerência?! Desconheço o conceito aplicado (nos políticos).

     
  • At 11:21 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    É verdade, a política hoje em dia é feita de sound bytes. Culpa de quem ? dos jornais, que deviam informar e formar ? da população (cuja maioria) tem preguiça de pensar ?

    Não sei. Provavelmente dos dois. Mas depois queixem-se de termos louçãs ...

    Não sei se existem países decentes. Tenho a certeza que existem países muito menos indecentes que o nosso!

     
  • At 9:17 da manhã, Blogger Nuno Moraes Bastos said…

    Louçã é um líder da esquerda radical. Sim, radical... Recorde-se a polémica que o BE manteve com o PCP a propósito dos lugares que pretendiam ocupar na AR.

    Ora que me dizem V/ de um líder da esquerda radical que vive numa zona previligiada de Lisboa, cidade onde é visto a almoçar pelos melhores restaurantes?

    Dir-me-ão os puristas: "ah e tal (esta parte é importante) mas ser de esquerda não mexe com as condições de vida mas com a titularidade dos meios de produção!"... Então que dizer dos discursos?

     
  • At 10:10 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Informar e formar?! Preguiça de pensar?!
    Mas vamos lá detalhar: in-formar (o 'in' não significa 'não'?!), então ficamos com Media do tipo 'nem sim nem não antes pelo contrário'. Esquece, não é por aqui.
    Preguiça de pensar?! para ter preguiça é preciso saber como se faz, e este povo decididamente não pensa (nem preguiçosamente) senão eu vivia no país de que ando à procura.
    Em conclusão: concordo que os louçã's são cogumelos (de geração espontânea) neste país, mas este povo tem um terreno tão propício...

     
  • At 12:39 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    A incoerência é total a todos os níveis.

    Critica-se o capital, o lucro, o luxo, mas depois quando confrontado com a compra de objectos de luxo diz-se, como Louçã o fez à Sábado: "cada um aplica o dinheiro como quer". Calma Marx! Calma Lenine! É uma esquerda moderna, tem umas pequenas adaptações conforme a conveniência ...

     
  • At 1:10 da tarde, Blogger Miga said…

    Concordo com todos os comentários que têm sido feitos.

    Aliás, a expressão que me ocorreu para fazer o meu comentário foi a utilizada pelo "Pirata Verde" - "telhados de vidro".

    O NMB também detalhou mais alguns pormenores da vida (pessoal) do líder do BE. Apesar de serem pormenores, como disse, da sua vida particular, têm importância de serem analisados, uma vez que o discurso do Louçã é feito em sentido inverso.

    Todos temos ideia (já foi dito em público) de qual é o seu vencimento, que dá origem a esse nível de vida, nomeadamente pela zona onde vive e os restaurantes que frequenta... não é que tenhamos algo contra ou se quer com isso, mas não ficamos indiferentes ao discurso que ele depois profere. É a tal questão da coerência (que como foi dito é algo raro, ou que já não existe mesmo).

     
  • At 3:19 da tarde, Blogger Nuno Moraes Bastos said…

    Mais do que isso (e voltando à carga) a esquerda "socialista" apenas prega a titularidade pública dos meios de produção.

    Interrogo-me se nenhum membro da direcção do BE compra acções... Ou se se revê num modelo socialista puro... Ou se pensa que ainda é possível pensar em Estado quando durante a semana se constata (e critica) o que historicamente se regista: o Estado administra pior.

    Como dizia o outro, "Mais confiar o gozo de uma coisa a um para dela cuida, do que deixá-la à incúria de todos"...

     
  • At 11:50 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    NMB,
    As diferenças a que me estava a referir são as seguintes: a Fátima Felgueiras fugiu para o Brasil e o Adelino Ferreira Torres já havia sido condenado.

    Por fim, pergunto: acha que não há "superioridade moral" de alguma direita?

    "Pinguim dos Trópicos"

     
  • At 11:44 da manhã, Blogger Nuno Moraes Bastos said…

    PdT,

    Já percebi: a Fátima Felgueiras é de direita...

     

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