Tertúlia Liberal

Pretende-se REFLECTIR o mundo e a sociedade, com uma nota crítica mas sem pessimismos.

domingo, agosto 26, 2007













Ingrato. É muito ingrato perder desta forma. Podemos discutir durante meio dia se Polga teve intenção de atrasar a bola ou simplesmente de cortá-la, mas havia tempo e espaço para evitar uma situação de dúvida e de risco. Não critico o árbitro. Depois deste lance, e tendo o Sporting entrado tão bem na 2ª parte, e tirando o remate (à figura) de Derlei, nada mais fizemos.

22 Comments:

  • At 9:44 da manhã, Blogger Nuno Moraes Bastos said…

    Paulo,

    Stojkovic arriscou: não critico o árbitro por esta decisão (com a qual discordo: é visivelmente um corte).

    Mas a arbitragem foi inadmissivelmente inclinada (propositadamente ou não) para o Porto... Ou Pedro Emanuel não justificava segundo amarelo? E Fucile? E para quando deixar de permitir agressões sistemáticas(cotovelos e tesouras) a Moutinho e Derlei?

     
  • At 10:20 da manhã, Blogger Miga said…

    Foi uma imprudência total o Stojkovic ter agarrado a bola. Pela repetição que vi, boa decisão do árbitro. O Polga fez o corte, é um facto, mas fê-lo deliberadamente para o seu guarda-redes, o que fez com que o corte se transformasse em passe, logo atraso, que foi punido (como diz a lei) com um livre indirecto.

    Costumamos ver que, mesmo em lances destes mais fáceis de julgar, os guarda-res, pelo seguro, jogam com os pés.

    É ingrato, Paulo, concordo. Mas conhecemos bem esta expressão: "em alta competição, os erros pagam-se caro".

     
  • At 10:42 da manhã, Blogger sportingsempre said…

    Caro Paulo,

    Quando ontem vi este lance logo pensei que hoje teria de vir aqui comentar um post teu.
    Concordo com o NMB. O Stojkovic arriscou e não o devia ter feito... em caso de dúvida devia ter chutado a bola.
    Ainda que o lance não seja faltoso, porque o Polga não atrasa a bola, ao contrário do que diz o Miga, ali não pode haver hesitações. Chuta e com força

    Miga,

    O Polga cortou como pode cortar... não o fez de forma deliberada para o G.R., nem o facto de a bola ter saído na direcção deste transforma um corte num passe.

    É verdade que os erros se pagam caro... mas nem todos os pagam. O Quaresma por ex.: devia ter sido expulso aos 33' por um erro (falta grosseira e perfeitamente escusada sobre o Veloso) e não foi.

     
  • At 10:50 da manhã, Blogger sportingsempre said…

    Já agora para o Miga que refere a "lei" refereindo-se por certo às leis do jogo aqui deixo esta nota explicativa dada pelo Jorge Coroado e transcrita por um bloger na centúria:

    "LAws of the Game" no site da FIFA:

    1 - Entende a FIFA, e segundo o Coroado, com transmissão desse entendimento aos árbitros, que para haver passe, tem de haver controlo da bola pelo jogador que o faz. PARECE ÓBVIO QUE NÃO HÁ POSSE DO POLGA, logo está arrumada a questão.

    2 - Mas mesmo que assim não fosse tem de ser um "pontapé deliberado para o GR". UM CORTE PODE SER ALGUMA VEZ CONSIDERADO UM PONTAPÈ DELIBERADO ?

     
  • At 11:21 da manhã, Blogger tiroliro007 said…

    Foi realmente uma derrota ingrata.
    Quando estava a ver o jogo,a minha opinião foi logo no sentido que não existiu atraso. O tribunal do jogo divide-se no sentido da existência ou não de falta.
    O espírito desta lei foi o de evitar atrasos de bola e perdas de tempo. Claramente não é o caso, o Polga tem como intenção claramente a de cortar a bola que por acaso vai para o guarda redes (o Tonel abre as pernas).
    Todavia, não critico o árbitro mas sim o nosso guarda redes que foi anjinho naquela situação.
    Independentemente das entradas duras do quaresma, bosingwa, pedro emanuel, parece-me que o árbitro não quis estragar o jogo e foi coerente no seu critério do princípio ao fim.
    Perdemos esta mas ganharemos a próxima. Ânimo rapazes.

     
  • At 11:47 da manhã, Blogger Miga said…

    sportingsempre,

    Como disse, pela repetição que vi, vejo o Polga anular a jogada, mas com a noção exacta onde está o seu guarda-redes. Tanto assim é que a bola vai direitinha ao Stojkovic. Ele chega primeiro à bola que o Postiga e, olhando para o guarda-redes, passa-lhe a bola. É esta a ideia que tenho do lance.

    Mesmo com algumas dúvidas que pudessem existir, penso que se percebe perfeitamente a leitura do árbitro, atribuindo-se o erro maior ao guarda-redes.

     
  • At 11:58 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Podia o Polga ter cortado a bola para o lado? Não tinha o Polga outra alternativa que não fosse o corte em direcção do guarda-redes? Onde está a fronteira entre o corte e o passe? O controlo da bola é quando o jogador tem a possibilidade de passar/cortar para qualquer direcção ou precisa necessariamente de estar de pé para haver controlo? Só não há atraso quando a bola não vai em direcção do guarda-redes e este se desloca para a agarrar?

    Obrigado Stojkovic por não teres chutado a bola, prestaste um excelente contributo para a teoria do futebol.

     
  • At 12:05 da tarde, Blogger tiroliro007 said…

    Meus caros,
    Para o árbitro eu admito a dúvida pois tem de decidir no momento.
    Agora para quem já viu o lançe vezes sem conta na televisão parece-me teimosia pura dizer que não se tratou de um corte.
    A interpretação que "o sporting sempre" nos trouxe é clara e como tal só por discussão estéril se pode continuar a defender tratar-se de um atraso.

     
  • At 12:39 da tarde, Blogger Miga said…

    Paulo,

    Continuando as interrogações, digo: teve o Polga intenção de atrasar a bola ao guarda-redes? Podia o Tonel não ter aberto as pernas para deixar a bola passar para o guarda-redes?

    A fronteira entre o corte e o passe pode ser em muitos casos imperceptível. Neste caso houve, na minha opinião, claramente, um "dois em um". O Polga cortou a jogada, fazendo um passe para o seu guarda redes.

    Tiroliro,

    Não considero a discussão estéril. Se assim fosse não haveria todas estas questões que aqui levantamos, não concordas?

     
  • At 12:52 da tarde, Blogger tiroliro007 said…

    Caro amigo Miga
    A discussão não é estéril e o sporting sempre já nos ensinou algo.
    O que é estéril, a meu ver, é discutir se é um atraso ou um corte. É notório, óbvio, evidente, cristalino, transparente, etc que se tratou de um corte de uma jogada do porto.
    Se é falta ou não, aguardo, com o intuito de aprender, a posição de quem sabe. A meu ver, como disse logo no momento, não é falta.
    Repito: as culpas são do sérvio e não do pedro proença que a meu ver fez uma excelente arbitragem.

     
  • At 1:00 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Tiroliro,

    O radicalismo que te caracteriza não combina com a racionalidade que te reconheço. Não o escrevo por mim pois nunca defendi ser um atraso (nem um corte).

    A FIFA utiliza a expressão controlo de bola. Quando é que há controlo? Eu sou jurista, como tu, e sei que é fácil legislar (e emitir interpretações standard sobre leis ainda mais fácil é). A prática meu caro, mesmo depois dos lances na TV (quanto ao futebol) é infelizmente bem mais complicada ...

     
  • At 1:21 da tarde, Blogger tiroliro007 said…

    Se é radicalismo dizer que se trata de teimosia pura e estéril discutir se o lançe é um atraso ou um corte, eu sou radical, sem problemas nenhuns.
    Tenho dito

     
  • At 1:44 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    A Lei diz:http://www.fpf.pt/portal/page/portal/PORTAL_FUTEBOL/DOCS/REGULAMENTOS/leis_jogo_2006_0.pdf , página 37 "Um pontapé livre indirecto será concedido à equipa adversária do quarda-redes que, encontrando-se na sua própria área de grande penalidade cometa a seguinte falta:
    - tocar a bola com as mãos vindo de um passe atirado deliberadamente com o pé por um seu colega de equipa"

    Meus senhores eu pergunto, O PASSE FOI ATIRADO DELIBERADAMENTE? NÃO!

     
  • At 2:15 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Pedro Proença diz:«As leis de jogo são muito claras e objectivas nestas questões: sempre que um jogador joga uma bola para o seu guarda-redes com o pé, seja através de um corte ou de um passe, este fica impedido de agarrá-la. Se o fizer será punido com pontapé livre indirecto, no local onde agarrou a bola com a mão. Limitei-me a cumprir a lei»,
    POIS É MAS A LEI NÃO FALA EM CORTE, FALA EM PASSE DELIBERADO!

     
  • At 2:24 da tarde, Blogger Miga said…

    Anónimo,

    Ainda agora revi o lance à hora de almoço na televisão. O corte/passe é feito para o guarda-redes, sendo que o Tonel tem uma influência indiscutível na jogada! O Tonel deixa seguir a bola para o guarda-redes, assumindo, digo eu, que o Polga pretendia passar a bola ao Stojkovic. Quase que aposto que houve coumincação entre o Polga e o Tonel para deixarem este deixar passar a bola. Se isto não é passe deliberado...

    Quanto a mim a intervenção do Tonel é garantia de que o Polga podia ter feito outra coisa, que não o fez. Podia ter dado um toque mais curto para o Tonel, por exemplo. Tinha, portanto, o controlo da bola, ainda que a tenha jogado fazendo um "carrinho".

     
  • At 2:39 da tarde, Blogger tiroliro007 said…

    Meu caro Miga
    Deixamos o campo da teimosia e passamos para a área da ficção. Agora já existe uma suposta comunicação entre o polga e o tonel. :)
    Por amor de Deus, então o passe foi para o tonel ou para o guarda redes?
    No campo da sétima arte, também poderia dizer que o stoi disse ao tonel: " deixar passar pá que essa eu agarro"
    O Tonel convicto que a bola era um corte e não um atraso, deixou.
    Reafirmo, trata-se de um corte. Se é falta ou não. Aguardo o que os entendidos vão dizer.
    O Coroado ontem defendeu intransigentemente que era um corte. Para ser um passe a bola teria de estar dominado pelo jogador do sporting. Agora só falta dizerem que a bola estava no polga e não no postiga.

     
  • At 3:09 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Caro Miga,

    A teoria de que existe corte/passe é falsa, os dois gestos técnicos são distintos, parece-me evidente.
    Não vale a pena elaborar um guião de ficção, as últimas palavras do sócio Pedro Proença são bastante esclarecedoras relativas à sua avaliação técnica do lance.
    Repito a lei fala em passe e não fala em corte, se este árbitro não sabe distinguir as duas coisas sugiro que a FPF possa reavaliar os seus conhecimentos técnicos relativos às Leis do Jogo da FIFA. Agora vir para a imprensa falar de corte e passe na lei?!?!?!? é enganar a opinião pública.

     
  • At 3:37 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Vou ter que alterar o meu post. Tinha dado um prazo de "meio dia" para esta discussão ...

    Mas estou a divertir-me imenso. Anónimo, essa da técnica entre passe e corte quando a jogada é feita em carrinho também tem um bocadinho de "Missão Impossível" à Tom Cruise?!?

     
  • At 3:50 da tarde, Blogger Miga said…

    Amigo Tiroliro,

    Pegando na tua frase: "O Tonel convicto que a bola era um corte e não um atraso, deixou", deixas-me alterar para: "O Tonel convicto que a bola era passe para o 'Stoi', deixou." Apesar da provocação, não estou a escrever a brincar. Tão legítima seria a acção do tonel, fosse um corte ou um passe, pois em ambas as situações a bola ia, com tranquilidade, para o Stojkovic (com esta discussão toda, já sabemos o nome dele da frente para trás e de trás para a frente! :)).

    Caro Anónimo,

    Estou de acordo que as declarações do Pedro Proença são incorrectas sobre o que está escrito na lei, mas reafirmo que, na minha opinião, mesmo sem a saber (pelos vistos), aplicou-a bem. :)

     
  • At 3:54 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Caro Paulo,

    a lei também não fala em "carrinho". Tal como afirma nmb no primeiro post "é visivelmente um corte" e não o "corte/passe feito para o guarda-redes" ficcional do Miga. "Missão Impossivel" é tirar os tripas do 1º lugar e impedir que Pedro Proença deixe de participar nas Assembleias Gerais do clube do qual é sócio!

     
  • At 3:57 da tarde, Blogger tiroliro007 said…

    Meus caros,
    Eu reafirmo que acho o Pedro Proença um excelente árbitro e esta decisão que eu contesto mas aceito, não coloca em causa a minha posição.

     
  • At 10:50 da tarde, Blogger Nuno Moraes Bastos said…

    O Pedro Proença é um excelente árbitro?!?!?

    E eu a julgar que já tinha visto tudo...

     

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