As luzinhas de Natal
Porque razão as ruas do país têm que estar repletas de luzinhas de Natal ? Bem sei que são umas meras luzinhas de Natal, mas será que não há forma mais eficiente de se gastar o dinheiro dos nossos impostos ? As luzinhas são uma prioridade nos orçamentos das nossa autarquias ? Em Lisboa, à excepção da Avenida da Liberdade, e pouco mais, as iluminações de Natal são de estética duvidosa, já foram ver as ruas de Odivelas, Amadora, Loures, … .
Para além de uma má gestão dos dinheiros públicos, porque razão os não católicos têm que ver o menino Jesus iluminado de 5 em 5 metros na sua rua e ainda por cima pago por eles. Onde está o nosso Estado laico ?
Porque razão as ruas do país têm que estar repletas de luzinhas de Natal ? Bem sei que são umas meras luzinhas de Natal, mas será que não há forma mais eficiente de se gastar o dinheiro dos nossos impostos ? As luzinhas são uma prioridade nos orçamentos das nossa autarquias ? Em Lisboa, à excepção da Avenida da Liberdade, e pouco mais, as iluminações de Natal são de estética duvidosa, já foram ver as ruas de Odivelas, Amadora, Loures, … .
Para além de uma má gestão dos dinheiros públicos, porque razão os não católicos têm que ver o menino Jesus iluminado de 5 em 5 metros na sua rua e ainda por cima pago por eles. Onde está o nosso Estado laico ?
posted by Paulo Martins @ 10:39 da tarde
20 Comments:
At 9:16 da manhã,
Nuno Moraes Bastos said…
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
At 11:14 da manhã,
Nuno Moraes Bastos said…
Tendo em conta que a minha Família (leia-se, a respectiva ainda que a pretexto da minha Filha) me fez apanhar 1.5 horas de trânsito na noite de Sábado para ver as p**** das luzes, não podia estar mais recalcadamente de acordo.
O problema vai além da laicidade: aumenta-se os impostos porque a crise não perdoa, a energia é muito cara pelo que se aumenta a factura e, a final, tudo na mesma.
Já quanto à Avenida da Liberdade faço-te notar que aquilo é patrocinado pela VW... Será que é preciso uma agência de publicidade para que as decorações possam ir além das composições luminosas de gosto duvidoso?
At 11:20 da manhã,
Paulo Martins said…
A questão é também de laicidade. Ou já nos esquecemos por exemplo da medida tomada pelo governo francês quanto ao mero uso de umas peças de vestuário pelos muçulmanos ?
At 12:08 da tarde,
Nuno Moraes Bastos said…
Paulo,
Por muito laico que sejas, não podes ignorar que a esmagadora maioria da população é cristã (sobretudo católica) e que a cultura portuguesa é indissociável da Fé católica.
Entrares em desvarios como o da chain letter que explica que os Votos de Feliz Natal não pretendem ofender judeus, muçulmanos, etc, é fado que não acompanho.
No teu escritório - que seguramente é alheio a questões religiososas - não deixaram de enviar cartões de natal apesar de terem um estagiário (pelo menos) com outra fé, pois não?
Deixa-me que te diga: andas muito bloquista! (nada como a ofensa gratuita...)
At 1:18 da tarde,
Paulo Martins said…
Isso tudo é muito bonito se não estivesses a falar da utilização de dinheiros públicos. O escritório onde trabalho é privado.
Lembro-te que há semanas atrás criticavas a falta de laicidade do Estado turco. Quando toca à nossa religião dói um bocadinho não é ?
Essa da maioria da população portuguesa ser cristã só pode ser para rir. Basta olhar para as últimas sondagens efectuadas a este respeito.
A imposição de doutrinas e a falta de democracia é típica dos comunas. Não da direita liberal.
Trata-se de respeito por uma sociedade plural num Estado Laico.
At 3:32 da tarde,
Nuno Moraes Bastos said…
Caro Afonso Costa, perdão,
Caro Joaquim A. de Aguiar, perdão,
Caro Paulo,
Um Estado liberal e laico também não impõe um registo de religiões...
Não critiquei a falta de laicidade do Estado Turco, mas sim da Turquia enquanto Estado.
A meu ver, não podes ignorar o Natal como festividade máxima na casa da esmagadora maioria dos portugueses. Nem que seja por motivos comerciais.
Já agora: e os feriados com motivações religiosas, também são para abolir?
At 4:24 da tarde,
Paulo Martins said…
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
At 4:25 da tarde,
tiroliro007 said…
Uma dúvida
As luzinhas de natal, as quais apenas aconselho as de campo de ourique, pois mesmo as da av. da liberdade são feias, não são pagas pelos comerciantes?
Eu sempre pensei que sim. São dinheiros públicos?
At 4:27 da tarde,
Paulo Martins said…
Cada um festeja aquilo que quer dentro de sua casa. O Estado não tem é que utilizar o dinheiro dos meus impostos para colocar figuras de estética duvidosa nas ruas e conotados com uma religião a que não pertenço. Isto para mim é muito claro!
Os feriados com motivações religiosas são mais uma aberração num Estado laico que ninguém protesta pois a malta gosta de não fazer nenhum. Pergunta aos Portugueses Católicos se eles sabem o significado de cada um dos feriados religiosos e vais a ver risada que é ...
Tiroliro,
Não. As luzinhas de Natal são pagas por todos nós com os nossos impostos. Coitadinhos dos comerciantes se tivessem que dar para este peditório ...
At 4:56 da tarde,
Anónimo said…
Não vejo as luzes de Natal com esse sentido crítico que apontas, Paulo. Vejo-as como algo que faz parte do espírito ou da época natalícia, nomeadamente na alegria (através, precisamente, da iluminação) que trazem às ruas... enfim, ajuda a tornar mais especial ainda esta altura do ano.
É um facto que as luzes não são de graça, mas não creio que sejam as responsáveis pelos défices das Câmaras. Aliás há algumas que estão por si só logo pagas pelos patrocínios. Para além do que referiu o NMB, digo-te também que, por exemplo a grande árvore de natal que está na Praça do Comércio tem um grande patrocínio do BCP. Não são portanto só custos, há também algumas receitas.
Se me permites confronto-te com o seguinte: não achas que o exemplo que dás dos não católicos terem que ver o Menino Jesus iluminado na sua rua, é exactamente igual ao que dizem, por exemplo, as pessoas que não gostam de futebol, dos estádios novos que se construiram para o Euro 2004? Bom, com uma diferença: é que o Menino Jesus só está na rua cerca de 3 meses no ano, ao passo que os estádios não... e custam muito menos dinheiro. É normal que haja efeites com "Meninos Jesus", pois a razão de ser do Natal é a comemoração do nascimento de Jesus, acredite-se ou não nele.
At 5:16 da tarde,
Paulo Martins said…
Isto de ser o único não católico no blogue não é fácil, mas vamos lá.
Miga,
Há uma diferença essencial que te estás a esquecer. A construção dos inúmeros estádios de futebol, concorde-se ou não com ela (e eu não concordei), visa "em teoria" (ai quem me dera ser empreiteiro) a promoção do desporto, uma das funções do Estado. A promoção de festas religiosas não é uma função do Estado.
At 5:25 da tarde,
Nuno Moraes Bastos said…
Paulo,
Valha-nos isso, também não te importas de prescindir de metade dos feriados de que correntemente beneficias só para não veres uma porcaria de umas luzes de Natal.
Pode ser bloquista, mas é de homem!
Tiroliro,
Tinha a mesma ideia que tu. Mas ainda assim prefiro manter os feriados.
At 5:30 da tarde,
Paulo Martins said…
Como sabes quando tenho que trabalhar não há distinções entre dias úteis e dias não úteis.
Já tu:
(i) gostas de luzinhas (o que não é seguramente de homem);
(ii) e só para usufruires dos feriados para não trabalhares, COMUNA LAMPIÃO!
At 5:47 da tarde,
Paulo Martins said…
Fui ao google (é fantástico) e vejam a seguinte notícia de jornal que descobri relativa à "Grande" Câmara Municipal de Benavente (imaginem as câmaras de outras dimensões):
"A Câmara Municipal de Benavente aprovou, por unanimidade, a atribuição de subsídios para as quatro juntas de freguesia destinados a custear as iluminações de Natal. À se-melhança dos anos anteriores foram atribuídos valores para o pagamento integral das despesas assumidas pelas freguesias com as empresas contratadas. Samora Correia recebe 12.844 euros, Benavente 8.991 euros, Santo Estevão 4.853 euros e a Barrosa 3.853 euros."
At 9:23 da tarde,
Anónimo said…
Em tempos de contenção, e estando perante gastos superficiais e acessórios que apenas podem contribuir em certa medida para o turismo, temos de ver a relação custo/benefício para termos uma posição definitiva sobre o assunto.
Algo vos digo meus amigos, aquela árvore, mesmo com patrocínio, deu cabo desta cidade. A quantidade de parolos que vão ver aquele símbolo pagão em nada contribui para a minha qualidade de vida enquanto lisboeta.
Sou a favor da instalação de portagens rápidas à entrada da cidade. Com essa receita podiam encher a cidade de luzinhas. :) Fica a proposta
At 9:23 da tarde,
Anónimo said…
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
At 9:23 da tarde,
Anónimo said…
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
At 12:43 da tarde,
Nuno Moraes Bastos said…
E quem tivesse bigode e/ou kit sócio do benfica pagava automaticamente classe 2!!!
Concordo, tiroliro!
At 9:55 da tarde,
Anónimo said…
Eu gosto muito de ver as ruas com as luzinhas de Natal.
Nunca pensei na questão como um gasto de dinheiros públicos, mas, se calhar, mal...
Fica a questão: qual seria a reacção da população caso a sua autarquia decidisse não iluminar as ruas com as luzinhas de Natal?
Mais uma manifestação organizada pela CGTP?
"Pinguim dos Trópicos"
At 5:35 da tarde,
Nuno Moraes Bastos said…
São suficientemente básicos para isso.
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