Tertúlia Liberal

Pretende-se REFLECTIR o mundo e a sociedade, com uma nota crítica mas sem pessimismos.

quarta-feira, dezembro 20, 2006


Férias natalícias no futebol português

Já por certo nos démos conta desta (quase) 2ª pré-época no futebol português, que inicámos esta semana. As contas são fáceis de fazer: entre a jornada do último fim-de-semana e a próxima vão distar 28 dias. É, sem dúvida, um intervalo enorme que há muito não se via no nosso campeonato.

Justificação para tão grandes "férias" é o que se procura saber. Do frio (como na Alemanha, por exemplo) não é. Da sobrecarga de jogos também não, visto que os jogos europeus (clubes e selecções) só regressam na Primavera. A resposta lógica recai sobre a época festiva que vivemos (Natal e Ano Novo). Mas seria isto suficiente para tão grande interregno? Parece claramente que não. Não se pedia uma competição à inglesa, muito conhecida pelo "boxing day", mas um mês sem futebol... bom sempre há a Taça, que ocupa um fim-de-semana inteiro (uma semana antes do re-início da Liga). Nada disto se vê por essa Europa fora. Aqui ao lado em Espanha, os jogos da Taça, para além de terem duas mãos, jogam-se sempre a meio da semana.

Como será que as equipas vão estar daqui a um mês em termos competitivos e de ritmo de jogo? Pelos vistos o que se ganhou com a redução do nº de equipas na Primeira Liga, foi apenas o facto de haver excesso de datas sem futebol, pois vemos que o equilibrio entre as equipas baixou enormemente.

Para terminar, vi que o próprio site da Liga tem a seguinte sondagem: considera que a paragem dos campeonatos profissionais é: i) Benéfica; ii) Indiferente; iii) Prejudicial. Será que estes senhores ainda têm dúvidas?

6 Comments:

  • At 11:14 da manhã, Blogger Paulo Martins said…

    É realmente incompreensível esta paragem tão longa, ainda para mais se atendermos aos elevados salários que estes senhores recebem. É mais um bom exemplo da má organização do futebol português.

    Espero, pelo menos, que esta paragem faça com que a equipa do Porto perca algum gás ...

     
  • At 12:33 da tarde, Blogger Nuno Moraes Bastos said…

    Miga,

    Belíssimo post. Confesso que também não percebo a dúvida, mas advinho o fundamento: o português gosta e exige férias a mais.

    Para quem pretende rentabilizar investimentos e encargos salariais, é mais uma bizantinice que só é possível num mundo que não se rege por critérios de estrita competência.

    Paulo,

    Essa do Porto perder gás é, no seguimento do best seller de Carolina Salgado, uma piada de mau gosto(fede).

     
  • At 3:15 da tarde, Blogger tiroliro007 said…

    É realmente mais um exemplo da desorganização do nosso futebol.
    Espero que pelo menos o liedson e o polga consigam chegar antes do fim do mês de Janeiro e que não fiquem a apanhar sol com as suas negas.

     
  • At 4:09 da tarde, Blogger Nuno Moraes Bastos said…

    "nêgas"?

     
  • At 5:07 da tarde, Blogger Paulo Martins said…

    Eu falei no Porto perder gás, não no Pinto da Costa, esse, ao que consta, parece um balão a esvoaçar depois de furado que não acaba e, ..., cheira.

    Quanto a outra questão que o Miga suscitou. Concordei com a redução de clubes, estava farto de ver Gil Vicentes / Paços de Ferreiras todas as jornadas. Temos que ter uma 1ª divisão proporcional à dimensão do nosso território e principalmente à qualidade das nossas equipas de 2ª/3ª linha. Os pontos que temos na UEFA são ganhos quase exclusivamente pelos 3 grandes. Acho que este ano a competitividade baixou devido à subida de rendimento desse 3 grandes (que nestes últimos anos tiveram um "anormal" sub-rendimento) e não uma descida das equipas pequenas.

     
  • At 10:59 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Obrigado NMB pelo elogio. Devo, porém, reparti-lo com a foto que escolhi do logotipo da Liga com um barretinho de Pai Natal... está muito giro.

    Desde que escrevi o post, mudei ligeiramente de opinião... é que saiu mesmo a confirmação da participação do SLB no Torneio do Dubai que, segundo informação saída logo a público, renderá qualquer coisa como 2 milhões de euros.

    Assim quase que me atrevo a dizer: bendita paragem!

     

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