Tertúlia Liberal

Pretende-se REFLECTIR o mundo e a sociedade, com uma nota crítica mas sem pessimismos.

sexta-feira, janeiro 12, 2007


É um absurdo dos tempos modernos aceitar-se que jogadores integrem uma selecção nacional de um país sem terem nascido no respectivo território. Sou frontalmente contra a entrada de Pepe para a selecção nacional, tal como fui, e continuo a ser, com a entrada de Deco. Não se devem fazer nacionalizações (nunca, em caso algum! ouviste Hugo Chávez?) a correr, como foi o caso, ainda que a qualidade da selecção, repito nacional, decresça. A FIFA devia claramente regulamentar esta matéria, pois também não quero perder os jogos todos contra selecções como a França, Alemanha, etc.

14 Comments:

  • At 7:32 da tarde, Blogger Nuno Moraes Bastos said…

    Paulo,

    Parece-me que aqui o qibao233 pretende entrar para a selecção...

    Concordo com a tua discordância, passe o trava-línguas. Com um senão: também és contra a entrada de Nani e Oceano, ou é uma questão de continente?

     
  • At 11:00 da tarde, Blogger tiroliro007 said…

    O tema é polémico e devo confessar que evoluí na minha opinião.
    Inicialmente defendi, tal como o Paulo, que não deviam ser naturalizados jogadores para fortalecer a nossa selecção. Era um príncipio a bem da nação e da a bem da verdade desportiva.
    Ora estando a verdade desportiva desvirtuada como se vê pela França (em que no 11 campeão do mundo originários do território françês eram apenas 3 jogadores) não vejo como podemos competir com este e outros países. Até a Alemanha joga com negros no seu 11.
    Assim, não posso continuar a defender a bem da nação o meu pensamento, pois quero competir com iguais armas com os outros países.
    Não posso ter princípios nesta matéria quando vejo a selecção francesa.
    De todo o modo, não posso generalizar este princípio e apenas o aplico a jogadores de países que foram nossas colónias. Não o aplico como fazem os nossos vizinhos espanhóis.
    Tenho ainda outra limitação. Apenas naturalizaria jogadores que renasceram desportivamente em Portugal (casos do Deco, do Derley ou do Pepe). Não o faria por exemplo a jogadores como o Helton, o polga ou o anderson, mesmo que não tivessem internacionalizações pelo brasil.
    Perdoem-me a extensão mas é este o meu pensamento

     
  • At 11:01 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Após prolongada ausência, apetece-me cantar "voltei, voltei, voltei de lá..."
    No que respeita ao post e em vez de o comentar directamente, coloco a questão: e os seleccionadores?
    Aposto que nesta matéria são todos a favor da abertura do mercado...

    "Pinguim dos Trópicos"

     
  • At 11:29 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Quanto ao Nani e ao Oceano tenho exactamente a mesma opinião. Não devem jogar.

    Questão interessante Pinguim! Confesso que não me choca tanto como os jogadores. Porque será?

     
  • At 1:47 da tarde, Blogger Miga said…

    Também sou da tua opinião, amigo Tiroliro007. A entrada do Deco fez-me um pouco de confusão, mas ele próprio me "forçou" a mudar um pouco a minha opinão, fruto da sua categoria como jogador.

    Foi, sem dúvida, uma excelente oportunidade de integrar o Deco na selecção, pois é dos melhores médios do mundo (titularíssimo no Barça com Ronaldinho) e a evolução da sua carreira no futebol (como sénior praticamente só tinha jogado em Portugal) levaram à sua integração com naturalidade.

    É verdade que o Pepe estará nas mesmas condições, mas não é, a meu ver, um dos melhores centrais do mundo (temos vários centrais portugueses de raiz para jogar). Parece-me, assim, um pouco forçada esta chamada.

    Concordo que o tema é polémico, mas é cada vez mais uma realidade do futebol de hoje por toda a Europa e mesmo do Mundo (até o Japão tem um brasileiro na selecção). Lembro-me também de um caso mediático que foi a inclusão do Camoranesi na selecção italiana.

     
  • At 3:19 da tarde, Blogger tiroliro007 said…

    Caro Pinguim
    Para os seleccionadores a resposta parece-me evidente. São profissionais e portanto não gera tanta polémica.
    O que me parece ridículo é dizer que o scolari é mais profissional por cantar o hino português. O que espero dele é apenas profissionalismo no exercício do seu cargo, o que a meu ver tem tido.

     
  • At 12:30 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Amigo Miga e Tiroliro007,
    A minha sugestão era de regulamentação desta matéria pela FIFA, de modo a que essas selecções estivessem em igualdade de cicunstâncias com a nossa.

    Discordo completamente com a ideia de que devemos aceitar jogadores estrangeiros só porque são bons. Por este caminho quero ver os jogos entre selecções daqui a uns anos. Vai ter a sua piada ...

     
  • At 1:03 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Caro tiroliro007,
    Não percebo o seu raciocinio. Porque é profissional pode ser estrangeiro? Não está a representar a selecção nacional? É porquê, porque não marca golos?

     
  • At 10:03 da manhã, Blogger Nuno Moraes Bastos said…

    Paulo, Miga e Tiroliro,

    Discordo da vossa opinião: creio que Oceano já era Português quando nasceu em Cabo Verde (e fez toda a vida por cá), Nani foi integralmente formado em Portugal.

    Agora, Pepe?!? Chegou com 19 anos. Por esse critério metade dos estrangeiros comprados pelo Sporting nos últimos anos eram possíveis titulares (desconsiderando outras internacionalizações).

    Essa história de "os outros fazem e eu não quero ser prejudicado" lembra-me sempre a desculpa que muitos usavam para justificar o copianço nas aulas de geografia. Como então, creio que não pega.

    Pinguim,

    Boa questão. Confesso que não me choca absolutamente nada.

    Excepto, está claro, a forma como ele se tenta desesperadamente vender a toda a santa selecção que procure um treinador.

    Assim, por princípio, não me choca um treinador estrangeiro de renome na selecção, por princípio mais avesso a lobbies.

    Em concreto, creio que não obstante os belíssimos resultados o Scolari foi um erro de casting.

     
  • At 12:28 da tarde, Blogger Paulo Martins said…

    Não acho que a formação feita em Portugal seja uma excepção aceitável. Pensa nos putos argentinos que alguns clubes ingleses e espanhóis adquirem com 10 anos. Devem estes jogadores poder jogar pela selecção do país de formação? Não me parece.

    Concordo com o Pinguim. Lembro ainda que em alguns países a questão da nacionalidade do seleccionador é polémica, ex: em Inglaterra.

     
  • At 12:45 da tarde, Blogger tiroliro007 said…

    Caro Pinguim
    A diferença parece-me evidente.
    Um seleccionador é um profissional que representa o nosso país, mas não tem de ser português. Não consigo vislumbrar ponta de polémica neste tema e portanto não me alongo mais
    Quanto a Inglaterra, o caso é realmente bem citado. Mas como sabes Paulo este é o país mais avesso a mudanças e portanto um seleccionador sueco mexe com o conservadorismo instalado.
    Eu ainda sou do tempo em que havia apenas treinadores ingleses,apenas uma substituição, muito poucos jogadores estrangeiros.
    Tudo isto mudou. Nos 4 maiores clubes nenhum treinador é inglês.
    A questão meus amigos não é estar contra o ponto de vista do Paulo ou da necessidade de alterar a legislação é apenas a de dizer como as coisas estão não sou contra as naturalizações para competirmos de igual para igual com as outras selecções.
    Eu também sou a favor da mudança da legislação.

     
  • At 7:59 da tarde, Blogger Miga said…

    A minha primeira posição é de ser a favor da selecção ser constituída apenas por jogadores portugueses. E temos "n" jogadores de categoria firmada no futebol mundial, como todos sabemos.

    Agora numa coisa o Scolari tem razão: temos muito menos jogadores do que tem o Brasil. E o caso do Deco é bem evidente. Chegamo-nos a questionar como é que o Deco não foi chamado à selecção brasileira. E então olhamos para o meio campo do Brasil e vemos jogadores como Káká, Ronaldinho, Juninho, etc, e percebemos a razão.

    Ora é neste contexto, que aplaudo a integração do Deco. Tendo o jogador chegado a Portugal ainda não com idade de sénior e tendo estado por cá 6/7 anos, foi bem aproveitado para a nossa selecção. Vendo pelo ponto de vista do espectáculo do futebol não acham que foi bom? O Deco, por ser brasileiro e não ter espaço do selecção do seu país de nascimento, mas tendo valor como se prova para ser um jogador de selecção optou por jogar "por nós". E o futebol europeu/mundial ficou claramente a ganhar com isso.

    Volto novamente a referir que deve ser um caso pontual, daí que já não defenda a chamada do Pepe.

    Paulo, provocando-te um pouco, que comentário fazes à seguinte frase (claro que todos a podem comentar também): "Francis Obikwelu - atleta europeu do ano". É à margem do futebol, mas ainda assim, não resisti a colocá-la...

     
  • At 10:49 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Miga,
    Um jogo entre selecções nacionais devia ser um jogo entre selecções nacionais. A questão não deve ser vista em termos de qualidade dos jogadores, senão metes 25 brasileiros na selecção do Gana, 25 brasileiros na selecção do Japão, 25 brasileiros na selecção da Austrália e ainda te sobram mais 25 brasileiros para a selecção do Brasil. Diferentes são as competições entre clubes.

    Aplico para o atletismo o mesmo príncipio, o Francis Obikwelu, nigeriano, devia representar nas competições entre países a Nigéria.

     
  • At 2:34 da tarde, Blogger Miga said…

    Paulo,

    Percebo o exagero que utilizas, pois há sempre o perigo de se generalizar. E isso também não defendo. Como referi defendo casos pontuais, como o Deco e de outros casos conhecidos, mas não uma "naturalização em massa" de jogadores, para que a selecção de um determinado país tenha mais jogadores estrangeiros naturalizados do que nacionais. À semelhança do que sucede na nossa Liga com equipas como o Nacional, Marítimo, etc...

     

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