Tertúlia Liberal

Pretende-se REFLECTIR o mundo e a sociedade, com uma nota crítica mas sem pessimismos.

quinta-feira, março 08, 2007

Os Grandes Portugueses

Num tom mais ligeiro e abordando um tema que é reiteradamente mencionado na nossa comunicação social venho colocar sobre a mesa e sujeitar esta questão a debate – os grandes portugueses.
Antes de mais não é sem ponta de regozijo que vejo este tema ser mencionado com tamanha seriedade na comunicação social, particularmente pela esquerdinha suburbana e intolerante, representada pelo BE.
Trata-se em primeiro lugar de um jogo e por isso tem um valor reduzido qualquer que seja o resultado.
Por outro lado, o método de votação não é o mais fidedigno e não tem carácter científico. Nem sequer se poderia considerar uma sondagem, mesmo na Venezuela ou em Cuba.
Por fim, o meu voto vai para … o rei D. João II por tudo o que representou em termos históricos para este país. Nas palavras de alguns historiadores foi o rosto da primeira política de expansão ultramarina coerente e integrada da nossa história e da história europeia. Era ele, se isto fosse a sério, quem eu gostaria que ganhasse.
No entanto e sem ponta de polémica revelo que como isto é um mero jogo gostava que ganhasse o Prof. António Oliveira Salazar pois seria uma tal correria da esquerdinha às farmácias que o ultralevur e os rennies iriam esgotar. Gostava de os ver de calças na mão, de tão a sério que levam este jogo.

7 Comments:

  • At 2:18 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    ‘Os melhores portugueses’ não são necessariamente aquilo que neste momento tanto se fala (fala-se de um ‘concurso’ de “os grandes portugueses”), não vou entrar em detalhes de léxico, porque estamos a falar de portugueses de eleição.
    Não gosto de ‘concursos’ porque (como hei-de dizer) as maiorias para mim, nem sempre, e especialmente neste país, é bom sinal, afinal pertenço desde que me conheço, e por default a minorias.
    Adiante, voto D. João II.
    Porquê? Simples, ele foi o visionário e encarnou aquilo que de melhor os portugueses têm: ser universalista, na essência e mais difícil ainda, na prática – tudo isto quando o conceito tal como hoje é utilizado ainda não existia.
    Soube ser inteligente, esperto, diplomata e ver mais do que aquilo que lhe era mostrado e conhecido.
    Foi o espírito daquilo que nós portugueses somos: universalistas, visionários.
    Em nota de rodapé fica o facto de me constranger o facto de ‘ter que escolher’ entre Fernando Pessoa ou Luís de Camões (dois universalistas nas ideias e na escrita), D. Afonso Henriques ou Oliveira Salazar ou Marquês de Pombal (três homens que ‘quiseram arrumar a casa’), Vasco da Gama e o Infante D. Henrique (dois universalistas que ‘andam nas terras de Neptuno’ e nos fizeram vagar nos oceanos) e Aristides de Sousa Mendes e Álvaro Cunhal (dois homens que pensaram e rumaram contra a ‘maré do pensamento’).
    Orgulho-me de ter a mesma língua (ou quase) que todos eles.

     
  • At 2:54 da tarde, Blogger tiroliro007 said…

    A bem dos puristas, já corrigi o nome do concurso.

     
  • At 3:24 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Não sou purista, e muito menos a intenção foi corrigir, afinal estávamos a falar do mesmo. Para haver entendimento não é condição dizermos as mesmas palavras. De qualquer modo, obrigado :-).

     
  • At 8:47 da tarde, Blogger Nuno Moraes Bastos said…

    Tiroliro,

    Trata-se de um programa com que antipatizo profundamente. É
    Superficial e laudatório nas análises, infeliz nos debates e ilógico pela falta de critérios.

    Pirata Verde,

    Belíssima síntese.

    Comparar Pessoa com Camões é difícil? E comparar o Marquês de Pombal com Pessoa? Será uma determinada batata melhor que um dente de alho em concreto?

    Não faz sentido.

    Todos,

    Se votasse, votaria D. João II. O rei com mais t****** para se afirmar, afirmar o Estado e com isso construir Portugal.

     
  • At 10:34 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Acho o programa uma tontice. Não acho comparáveis estadistas com escritores, nem pessoas do séc. XII com pessoas do séc. XX.

    Ainda assim e se votasse (o que não vai acontecer) talvez o fizesse em D. João II ou em Fernando Pessoa. Vêem ? Não faz sentido!

    De D. João II já se falou. Fernando Pessoa é alguém que abre horizontes, que nos pensar, que nos faz ser maiores. Acham pouco ? É, é só isto mesmo!

     
  • At 4:57 da tarde, Blogger Miga said…

    Também não sigo o programa. Já ouvi falar, vi plubicidade, mas nunca vi nenhum debate.

    Deixo, no entanto, a minha opinião que recai sobre o poeta, autor dessa grande obra que "nos deu que fazer no secundário", Os Lusíadas, Luís Vaz de Camões.

    A razão de ser da minha escolha prende-se, tão somente, com o facto de haver, como sabemos um feriado nacional, dia 10 de Junho, como sendo o "Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades". Também tem a ver com a data de falecimento de Camões, mas é, quanto a mim, relevante da importância da sua obra para o país, a atribuição deste Feriado.

     
  • At 5:29 da tarde, Blogger tiroliro007 said…

    Também não concordo com o formato do programa e subscrevo o que o Paulo diz. É impossível comparar o que não tem termo de comparação, passe o pleonasmo.
    Ontem no canal 2, vi o programa dedicado ao Aristides Sousa Mendes e confesso que continuo a não entender o porquê de estar na lista.
    Se algum mérito se pode atribuir, que acho discutível - pois desobedeceu a ordens expressas dos seus superiores e podia ter causado a invasão de Portugal na II Guerra Mundial - foi em prol de uma raça, de uma etnia e não em nome do povo português.
    Confesso que não entendo.

     

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