Tertúlia Liberal

Pretende-se REFLECTIR o mundo e a sociedade, com uma nota crítica mas sem pessimismos.

domingo, maio 06, 2007

Bons e maus exemplos em política

Comecemos pelos maus. Não faz sentido nenhum não existir uma lei que proíba inaugurações por um período (curto) antes de um acto eleitoral. Fazer uma média de 2 inaugurações por dia durante um mês é brincar com a democracia. Ou as obras estavam prontas e estavam à espera do acto eleitoral ou apressam-se (inventam-se) obras e brinca-se com o dinheiro público.

O elevar da fasquia no campo político só pode ser aplaudido. Ser arguido não é o mesmo que ser culpado ou mesmo acusado, mas também não relativizemos em demasia, não somos todos arguidos e muito menos presidentes da maior câmara do país.

11 Comments:

  • At 9:35 da manhã, Blogger Nuno Moraes Bastos said…

    Sobre o item "inaugurações" chamo a V/ atenção para a Estrada dirigida à casa da "Dª Maria que tomou conta dos filhos" de Jardim... Pior que isto? Não conheço.

    Quanto ao mais: questão de inabilidade de Marques Mendes que, em tempos, se justificou demais. Não acho que ser constituído arguido determine idêntico anátema. Também não acho que, apesar da falta de qualidade de Carmona, as alternativas tenham qualidade...

     
  • At 5:13 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    É uma verdadeira vergonha pensá-lo, fazê-lo e dizê-lo. É claro a D. Maria agradece.

    Marques Mendes tem muitos defeitos, é um péssimo líder, tem problemas de comunicação, mas nestas situações julgo que tem total razão. A política está de rastos todos nós já concordámos aqui neste blog. É preciso devolver-lhe credibilidade e este tipo de medidas são a meu ver muito positivas, a menos que acredites que a justiça esteja a ser controlada pela oposição de Carmona ...

     
  • At 10:01 da manhã, Blogger Miga said…

    Concordo que foi um abuso a quantidade de inaugurações feitas pelo Alberto João Jardim. Embora com a atenuante de se poder dizer que estas eleições não estavam previstas para agora, ou seja, não são inaugurações de "fim de mandato". No entanto, é óbvio que foram no sentido de "comprar votos".

    E resultou. Atingir o 2º melhor resultado de sempre em 28 anos de governação é impressionante. O povo madeirense, mais do que levado pelas inaugurações, mostrou estar ao lado do seu líder, demonstrando uma total confiança nele (e talvez também terão querido dizer que não confiam nada na oposição...). Dá a entender também que está satisfeito com a vida que tem e com o desenvolvimento da "sua" Ilha.

    Quanto ao Marques Mendes, concordo contigo, Paulo. Demonstrou uma coerência e coragem de assinalar. Mostrou ainda que não olha a nomes ou cidades, quando toca à credibilidade na política: seja em Oeiras, Gondomar ou Lisboa, a postura tem que ser a mesma.

    Independentemente das falhas na liderança no partido e na oposição ao Governo, Marques Mendes tem mostrado uma boa "gestão autárquica", quer quando escolheu os nomes (que levaram a ganhar várias Câmaras), quer agora na tomada de decisão perante o caso com a justiça do Carmona.

     
  • At 11:30 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Alberto João Jardim conseguiu um bom resultado? Também Fátima Felgueiras, Isaltino Morais e Valentim Loureiro ... Em Portugal ainda se pensa muito na base do "fizeste umas trafulhices, então deves ser um gajo esperto, eu prefiro gajos espertos a tótós e honestos". Mentalidades ...

    Quanto a Marques Mendes concordo. Decisão corajosa e de louvar. Mas está a prazo. Aposto na Manuela Ferreira Leite.

     
  • At 10:28 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Pinguim,
    Tens razão no que escreves, é isso mesmo que sucede na maioria da caebça dos portugueses, contudo só para que a questão fique mais clara:
    - AJJ não é arguido em nenhum processo;
    - A Madeira é a segunda região do país com o PIB mais elevado (a seguir a Lisboa).

     
  • At 12:42 da tarde, Blogger Nuno Moraes Bastos said…

    Paulo,

    À conta de uma rede rodoviária superior, no acesso a uma qualquer aldeola, à que por cá tens de acesso a Sintra...

     
  • At 6:14 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    O desenvolvimento económico não se faz só à base de estradas. O desenvolvimento da Madeira é sustentado fundamentalmente no turismo. O que não é negativo, aproveitou o que a região tinha para dar e apresentou resultados.

    Agora que a lei que delimita o número de mandatos de cargos públicos é um bálsamo para a nossa democracia, disso não tenho dúvidas.

     
  • At 9:22 da manhã, Blogger Nuno Moraes Bastos said…

    Paulo,

    (lamento teimar mas...)

    Nos últimos anos, o balão de oxigénio tem sido a construção civil. Acredita.

     
  • At 12:48 da tarde, Blogger Zepa said…

    Quanto ao Jardim: desde que inaugure muito, o povo agradece; o motivo interessa pouco (a mim interessa-me, mas eu não conto nada).
    Quanto ao Carmona: e ele é assim tão mau? Conheço quem trabalhe na Câmara, quem em tempos me disse, que ele era o melhor presidente desde os tempos do Krus Abecassis (1980!!); que é uma pessoa interessada, que vai "ver as coisas", em vez de ficar no ar condicionado do gabinete.

     
  • At 2:49 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Mas quem é que elevou a fasquia?, o Carmona não abdica de nada.

     
  • At 11:33 da tarde, Blogger tiroliro007 said…

    Meus caros
    Concordo que deva existir a lei proposta. Todavia, penso que com mais ou menos inauguração, o resultado não deixaria de ser igualmente bom, por duas razões:
    1.º O estilo popularucho resulta bem na Madeira e, verdade seja dita, desde o 25/4, que não conhecem outro líder;
    2.º A alternativa é demasiado fraca. O candidato do Ps era tão mau tão mau, que nem o Sócrates o foi apoiar.
    Fora de brincadeira, acho que o 1.º ministro foi um dos principais derrotados na madeira, apesar de como vem sendo hábito, tal ter passado perfeitamente sem grande referência na nossa imprensa.
    Quanto ao Carmona, devo dizer que aprecio o seu estilo e tenho alguma pena pelo que se está a passar.
    Espero que se apresentem alternativas credíveis. Do lado do PS, António Costa é apontado como candidato a candidato. Considero uma boa escolha, pois tenho-o em boa consideração. Estou certo, que desta vez o Sócrates arranjará tempo para fazer campanha em Lisboa.

     

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