Tertúlia Liberal

Pretende-se REFLECTIR o mundo e a sociedade, com uma nota crítica mas sem pessimismos.

quinta-feira, julho 31, 2008

A justiça das penas judiciais

Guardei durante quase três meses um recorte de um Editorial do jornal gratuito "Destak", escrito pela sua directora, Isabel Stilwell. Achei que estava tão bem escrito, que pensei, logo na altura, que tinha que abordar o assunto aqui no blog.
Este editorial foi escrito depois de se ter conhecido a sentença de Maria das Dores, que, como se lembrarão, contratou um homem para matar o seu marido. Foi condenada a 23 anos de prisão e o homem contratado, a 20.
Esta pena foi, sem dúvida, bastante dura para o que costumamos ouvir em Portugal. Já outro crime bárbaro e brutal, que ficou conhecido como "criança de Viseu", em que o pai fez coisas de tal maneira... nem consigo adjectivar..., que o bebé de 2 meses, deu entrada no hospital em coma, não teve, nem pouco mais ou menos uma pena semelhante. Tendo ficado provado que o pai lhe batia com uma ripa de madeira enrolada num pano para não deixar marcas, fora crimes de abuso sexual, apanhou uma pena de 10 anos de prisão, porque a lei não permite mais.
Onde está a justiça destas duas condenações? Perante tais factos, a Lei acaba por deixar esta mensagem: é preferível maltratar crianças, do que matar maridos.

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