Tertúlia Liberal

Pretende-se REFLECTIR o mundo e a sociedade, com uma nota crítica mas sem pessimismos.

quinta-feira, março 27, 2008



Quem disse que não havia ambição ?

O guarda-redes do Sporting, Tiago, perante a pergunta do jornalista sobre o actual momento do Sporting disparou:

"Vamos ganhar à Naval!".

Força Tiago, mas olha que a Naval está em 12º. Pés bem assentes na terra, rapaz! O excesso de ambição pode ser prejudicial.

sexta-feira, março 14, 2008

Para a Leonor e Miguel

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava,
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais…
Somente,esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém…
P’ra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe…
Sebastião da Gama.

sábado, março 01, 2008


Estabilidade em democracia

Pouco tempo resta do 1º mandato de Sócrates e já se percebeu que muito pouco irá mudar na oposição até às próximas legislativas. Importa assim cuidar de uma questão, a meu ver relevante nesta fase, que é a da estabilidade em democracia.

A democracia só funciona se existir estabilidade. É preciso criá-la em democracia (por oposição à ditadura, em que a estabilidade é "inerente" ao regime). Deixando de lado o período do Estado Novo, existiram duas fases da história recente de grande estabilidade política: o período da regeneração (cujo protagonista foi Fontes Pereira de Melo) e as duas maiorias absolutas de Cavaco Silva. As grandes reformas ao nível da indústria, transportes, educação, saúde, etc. datam de um destes dois períodos. É fácil perceber o êxito espanhol que nos últimos 30 anos teve 5 primeiros ministros, quando por Portugal no mesmo período passaram 22 governos.

Para além dos pactos de regime, que em Portugal não funcionam, a única forma de atingir a estabilidade em democracia é através da maioria absoluta. São governos estáveis de 4 anos que permitem uma maior responsabilização. E as coligações perguntarão alguns? Não me convencem, por natureza exigem sempre um grande esforço de concertação que mais cedo ou mais tarde deixa de existir e quebra a unidade governativa. Até hoje existiram 2 coligações à direita (Sá Carneiro e Durão Barroso) e duas do PS que preferiu coligar-se sempre com um partido de direita (CDS e PSD). Diga-se que o PCP ficou sempre excluído de qualquer coligação com o PS.

Dito isto, e não havendo com grande probabilidade uma 2ª maioria absoluta do PS (pelo menos, assim mostram as sondagens), resta perguntar o que fará Sócrates nessas circunstâncias. Governará sem maioria absoluta, coligar-se-á (como sucedeu em Lisboa) com o Bloco de Esquerda, com outro partido (não vejo qual ...) ?