Tertúlia Liberal

Pretende-se REFLECTIR o mundo e a sociedade, com uma nota crítica mas sem pessimismos.

quinta-feira, setembro 27, 2007




Quo vadis?















The fall of the Roman Empire?

quarta-feira, setembro 26, 2007

"Os Lobos" terminaram a participação no Mundial de Râguebi
Penso que é justo dedicar um post à selecção portuguesa de râguebi que, como sabemos, conseguiu o apuramento pela primeira vez na história para um Campeonato do Mundo. Mais: para além do mérito de terem conseguido este feito pela primeira vez, foi também, a nível mundial, a estreia de uma selecção amadora num campeonato do Mundo, o que é notável. Para além dos méritos desportivos de todos quantos compõem a selecção nacional (desde a equipa técnica aos jogadores), têm o mérito de se ter falado pelo Mundo todo (nomeadamente, por exemplo, na Nova Zelândia) do nosso país.

É certo que, em quatro jogos, sofremos outras tantas derrotas. No entanto, no jogo de ontem com a Roménia ficámos a pouco mais de 10 minutos de ganhar o jogo. Estávamos a ganhar 7-0 ao intervalo, acabámos por perder por 14-10. Voltou a repetir que Portugal foi a única selecção amadora do Campeonato do Mundo, logo perdemos com uma selecção profissional por 4 pontos... brilhante!

Penso que este exemplo deveria fazer pensar os governantes do nosso país. Se estes homens, ou melhor, "Lobos", fizeram o que fizeram sem terem condições ideais para treinar, não seria mais que merecido darem-lhes mais meios para desenvolverem o excelente trabalho que têm conseguido fazer? Não seria um prémio mais que justo?

Por fim, não quero deixar de elogiar a foto que escolhi para ilustrar o post, a demonstrar o apoio dado aos nossos "Lobos" em França, onde decorreu o Mundial: espectacular!

quinta-feira, setembro 13, 2007

Uma imagem que vai correr o Mundo...


Ontem, logo a seguir ao jogo com a Sérvia, fiquei desapontado e, ao mesmo tempo, estupefacto. Não só, com o novo empate consentido nos últimos minutos (mas que até deixou tudo na mesma, devido ao empate entre Finlândia e Polónia), mas principalmente com a tentativa de agressão do Scolari. Veio-me à memória (como estou certo de todos vós) os tristes comportamentos de indisciplina protagonizados pela nossa selecção, nomeadamente nas meias finais do Euro 2000 com a França (por Abel Xavier e companhia...) e no Mundial 2002 (agressão do João Pinto ao árbitro no jogo com a Coreia). Agora, foi o próprio seleccionador a "perder a cabeça", ao tentar agredir um jogador um jogador sérvio (esta é a única diferença, o "alvo" não foi o árbitro...).
A situação não está famosa para Portugal em termos desportivos, no que respeita às "contas" do apuramento para o Euro 2008, mas pior ficaram com esta atitude irreflectida e despropositada do Scolari. E a justificação é um espanto: "Fui defender o 'menino'". Com a posição que ele tem, só podia ter posto "água na fervura", afastando o Quaresma e acalmando o jogador sérvio, nunca partir logo para a ameaça de "tapear" (como o Scolari disse) o sérvio.
Aguardemos pelos desenvolvimentos, sendo certo que, pela experiência de que temos conhecimento dos castigos da UEFA, o Scolari arrisca uma severa suspensão.

segunda-feira, setembro 10, 2007

E torno a escrever sobre Ténis!

Vi ontem à noite a final masculina do US Open, entre Roger Federer (nº 1 mundial, destacadíssimo) e Novak Djokovic (nº 3 mundial, que começou a dar nas vistas este ano no circuito, ganhando 4 títulos, entre os quais o Estoril Open). Podem ler um resumo da final aqui. Que momentos espectaculares de Ténis! Jogado a um ritmo estonteante de parte a parte, breaks (quebras de serviço) e contra-breaks, incerteza em quem ganharia os sets (Djokovic teve 6 set points no 1º set!). Apesar de não saber jogar este desporto, acho-o extraordinário.

Quando comecei a ver a transmissão em directo, vejo o Federer todo de preto. Fez-me lembrar (de imagens televisas e livros da história dos Mundiais de futebol) imediatamente o Yashin (guarda-redes da ex-URSS nos anos 60), conhecido pelo "aranha-negra", por ir buscar bolas impossíveis entre postes. E, de facto, é, tal como o Yashin é a "aranha-negra" dos courts. Jogador incrível (já se considera como sendo o melhor de todos os tempos) somou o seu 4º título consecutivo no US Open, atingindo o seu 12º no Grand Slam, ficando a apenas 2 de Pete Sampras. Não tenho dúvidas que entrará ainda mais para a história do Ténis mundial para o próximo ano.

Uma palavra para Djokovic, que foi um digno vencido. Tenista sérvio, de apenas 20 anos, é um fantástico jogador e vendeu bem cara a derrota. Apesar de não ter vencido qualquer set (que merecia) fez com que Federer jogasse sempre no seu máximo. Foi também o mais novo finalista do US Open desde Pete Sampras em 1990 (podem ver aqui), o que lhe deixa antever um grande futuro.
VIVA PORTUGAL!

Já aqui defendi esta ideia. Sou completamente contra a utilização pela nossa selecção nacional de jogadores não nascidos no nosso território. É uma completa aldrabice do que devia ser um jogo de futebol entre países. Os jogos entre selecções nacionais deviam ser jogados entre pessoas nascidas em cada um dos territórios. Não me revejo numa selecção de decos e pepes ... Onde é que isto vai parar? Já imaginaram as selecções daqui a vinte anos? Nesta matéria, sou claramente do PNR.

Os únicos e já esgotados argumentos a favor dessa utilização são sempre os mesmos: todos o fazem (não se discute se está bem ou está mal, o que desde logo indicia a conclusão óbvia - e acreditem, sou um defensor acérrimo da globalização) e acréscimo substancial de qualidade (o que é altamente discutível, será que o Deco não tem substitutos quando devemos ter dos melhores meios-campos do mundo? O Pepe é melhor que Ricardo Carvalho e Jorge Andrade? O Ricardo Carvalho está lesionado, então naturalizamos o Pepe).

Mas ainda que trouxesse qualidade, quero que na selecção de Portugal joguem o Jorge Andrade que nasceu em Lisboa, o Cristiano Ronaldo que nasceu no Funchal e o João Moutinho que nasceu em Portimão, que piada tem ver um grupo de jogadores que são de outros países a jogar com as nossas quinas ao peito? Adoro o Liedson e detesto o Nuno Gomes, mas o Nuno Gomes é português. Não consigo ser mais claro.

Quando leio no Record o Pepe a afirmar com uma leveza que até dá nojo e chega a roçar o insulto "Já aprendi a cantar o hino nacional" e depois vejo alguns jogadores da selecção nacional de râguebi (os portugueses, ex: Rui Cordeiro, sim porque também nesta selecção há intrusos) a chorar quando cantam a Portuguesa ainda fico com menos dúvidas. Ainda hoje revi as imagens e até fico com arrepios.

VIVA PORTUGAL!

PS-e já agora parabéns à Costa do Marfim por mais uma medalha.

terça-feira, setembro 04, 2007

Corrida de Touros inserida nas comemorações do 101º aniversário do S. C. P., Campo Pequeno, 30 de Agosto de 2007

Não poderei iniciar este resumo / comentário desta Corrida de outra forma que não seja, dizer que se tratou de uma magnífica “Noite de Toiros”! Uma quente noite de Verão, o Campo Pequeno estava cheio, mostrando uma bela moldura humana, de onde se conseguia perceber que estavam presentes muitas famílias, com muitas crianças presentes e participativas, ou seja, a preocupação dos pais de darem seguimento a esta bonita tradição portuguesa.

O Cartel era composto por Joaquim Bastinhas (quase a completar 25 anos de alternativa), João Moura Jr (apenas com 5 meses de alternativa) e João Ribeiro Telles Jr (ainda como cavaleiro praticante). Quanto aos Forcados, também três grupos Amadores: Lisboa, Portalegre e Coruche.

Coube, obviamente, a Joaquim Bastinhas a abertura da Corrida (cavaleiro com mais anos de alternativa em Praça). Teve uma lide ao seu estilo, quer no 1º, quer no 4º toiro, ambas arrematas pelo famoso par de bandarilhas (para os neófitos, ficou a já tradicional pretensa intenção saída para, na verdade, espetar as bandarilhas a contento). Pelo meio alguns bons ferros curtos, apenas com um comprido mal colocado no 1º toiro que lidou. Foram duas actuações regulares portanto, sem grandes erros, mas sem grande emoção também para o público. Uma palavra para o brinde que fez, antes da lide do 4º toiro da noite, aos dois jovens cavaleiros que estavam consigo no cartel da Corrida. Um gesto sincero de amizade, e certamente de incentivo aos dois jovens que estão no início da sua carreira.

Entrou depois João Moura Jr. (couberam-lhe o 2º e 5º toiros). Foi o primeiro grande momento, a primeira grande ovação da noite, nomeadamente quando, após a colocação do primeiro ferro curto, fez o seu cavalo ir a ladear na cara do toiro ao longo de mais de meia Praça. Execução brilhante, que revelou, para além de grande coragem, uma grande classe. Repetiu este gesto em todos os restantes ferros, consumando-se uma lide extraordinária. Já na sua segunda lide, mudou o estilo, mostrando uma assinalável versatilidade, mas com igual espectacularidade e qualidade. Uma lide em que citava o toiro de praça para depois, com cavalo parado, “cravar” o ferro com categoria.

O terceiro cavaleiro foi o, ainda praticante, João Ribeiro Telles Jr.. Outra magnífica actuação! Excelente postura a cavalo, muito calmo, mostrando que já possui uma noção perfeita dos terrenos que pisa. Ferros colocados com enorme classe e precisão, dos quais destaco a “sorte de violino”, herdada do seu pai. No 1º toiro que lidou executou mesmo um duplo violino (ferro curto, seguido de ferro de palmo), que fez “levantar” o Campo Pequeno.

É caso para dizer, sem qualquer margem para dúvidas, que o futuro do Toureio a Cavalo Português está garantido!

Quanto aos forcados, começaram os Amadores de Lisboa, que, em ambos os toiros que lhes calharam só conseguiram pegar à 3ª tentativa. No entanto, bem se viu que os forcados tudo fizeram, daí que tenham dado a volta à Arena; as 2ª e 5ª pegas da noite couberam aos Amadores de Coruche que tiveram a sorte e também, claro, o brilhantismo de pegar os dois toiros à 1ª tentativa; seguiram-se-lhes, finalmente, os Amadores de Portalegre, que protagonizaram o momento negativo da noite, nomeadamente no 1º toiro que pegaram, não tendo, inclusivé, respeitado o director da corrida, quando este lhes ordenou que se retirassem. Se à 4ª tentativa não conseguiam pegar o toiro, exigia-se uma pega de cernelha, já com a presença dos novilhos. Este momento não dignificou em nada, quer o espectáculo, quer o próprio grupo (como, aliás, o forcado da cara percebeu: inconsolável nas barreiras). O público presente no Campo Pequeno, claro, não lhes perdoou. Redimiram-se na 2ª pega que fizeram (último toiro da noite), consumando-a à 1ª tentativa.

Nota adiccional:

- as primeiras 6 actuações (as três primeiras lides e as três primeiras pegas) foram todas brindadas ao Presidente do Sporting. Tratando-se de uma corrida organizada pelo Sporting Clube de Portugal, compreende-se, se bem que, haveria outras pessoas ligadas ao Sporting a quem brindar (ex.: Maurício do Vale, conhecido aficcionado, muito ligado ao “mundo dos toiros”).
P.S.: As nossas desculpas por este post um pouco longo, mas quisémos dar uma imagem com algum detalhe desta Arte que é a Festa Brava, uma vez que foi a minha primeira presença (juntamente com mais três meus co-blogger's) no renovado Campo Pequeno.