Mais um ...

Abstenção - 0%

Não fossem as eleições para a CML marcadas para o dia 15 de Julho e a abstenção seria de 0%. Acho que dados os candidatos todos os quadrantes de eleitorado estão representados, senão vejamos:

António Costa - eleitorado fiel ao PS do tipo que chega a votar em Carrilho e vendedores de rosas em restaurantes chineses;
Carmona Rodrigues - jovens com mais de 18 anos com acne e arguidos a que se juntarão todos os presos no comício de encerramento no Linhó;
Helena Roseta - é a loucura, aqui vale tudo, Helena Roseta chegou a lavar o chão da sede de campanha de Manuel Alegre, homosexuais, funcionários de limpeza, travestis e arquitectos estão com ela;
Fernando Negrão - eleitorado fiel ao PSD do tipo que vota Santana Lopes;

Manuel Monteiro - família mais próxima de Manuel Monteiro;

Sá Fernandes - todos os empreiteiros e construtoras (depois do dinheiro que ganharam com a interrupção das obras do túnel do Marquês ...) não esquecendo o eleitorado habitual, ou seja, os freaks anti-globalização que não tomam banho há mais de 2 anos (os outros têm menos de 18 anos) e que não estejam pedrados no dia 15 de Julho;
Ruben de Carvalho - todos os sindicalistas, funcionários públicos e artistas de 2ª subsidiodependentes;
Paulo Trancoso - todos os que "defendem a terra e o eco-desenvolvimento como um modelo de desenvolvimento sustentável participado pelas comunidades naturais e pelos cidadãos" (in site do Partido da Terra: www.mpt.pt);

José Pinto Coelho - nacionalistas, skin heads, imigrantes bem integrados em Lisboa e Manuel Monteiro;
Telmo Correia - eleitorado conservador nalgumas coisas, liberal noutras e democrata cristão em muito poucas;
Gonçalo da Câmara Pereira - todos aqueles que adoram a maneira de falar de D. Duarte Pio de Bragança;
Garcia Pereira - Garcia Pereira.

Leixões e Guimarães de regresso à I Liga

Foi no passado fim-de-semana que ficaram definidos os regressos de Leixões e Vitória de Guimarães ao maior escalão do futebol português.

Um regresso que se saúda e se aplaude, em particular do Leixões, visto terem passado 18 longos anos desde a última presença na, então, 1ª divisão. E todos nos lembramos que na época passada ficaram à beirinha de o conseguir. É caso para dizer: quem espera sempre alcança!

É, sem dúvida, um regresso merecido, pelo que podémos ir vendo ao longo da época (digo vendo, pois estou em crer que nunca, como nesta época, se ligou tanto à II Liga), nomeadamente nas últimas jornadas. Excelente qualidade futebolística, superioridade clara sobre os adversários e... que molduras humanas nos estádios!! Que fantástico apoio dado pela massa adepta (e, penso que se pode dizer mesmo, associativa) dos dois clubes. De fazer inveja a muitos clubes da I Liga...

Penso mesmo que este último ponto que referi é dos principais para apoiarmos o regresso destes dois históricos do futebol português. É fundamental para o espectáulo ter estádios bem compostos de público, pela emoção e alegria transmitem e, neste aspecto, a I Liga 2007/2008 já está a ganhar. Parabéns e Bem-Vindos Leixões e Vitória de Guimarães!

Os media e a política

Antes demais, peço-vos desculpa por voltar a tocar neste tema, mas considero-o de vital importância. Não é por acaso que nos anos 30, quando os nacionais socialistas tomaram o poder na Alemanha fizeram emergir pessoas directamente relacionadas com esta área da propaganda e da comunicação social (Joseph Goebbels e Leni Riefensthal são apenas dois exemplos).
Começa pelo tratamento que é dado a Hitler e a Estaline. Dois loucos que tiveram um profundo desprezo pela vida humana e que cometeram as maiores atrocidades dos tempos modernos. Posto isto, se fosse feita uma sondagem, aposto que 80 a 90% dos jovens nem saberiam quem foi Estaline. Sobre Hitler, estou certo que teriam uma ideia formada, tal é a informação a que tem acesso, queiram ou não.
Focando a actualidade, o tratamento que é dado, nos media, aos movimentos de extrema direita e de extrema esquerda é profundamente diferente.
Os movimentos anti-globalização além de violentos, são representados por jovens com aspecto sujo, drogado e que gostam de passar uma imagem de viver à margem da sociedade. A imprensa, sempre misericordiosa com esta gente, classifica-os como defensores do ambiente (até o serão porque desde logo não tomam banho nem usam desodorizantes), defensores dos oprimidos e contra o capitalismo selvagem. A violência, aos olhos desta imprensa, tem justificação.
Na noite da eleição de Sarko, e depois das palavras da bela Segoléne, logo se levantaram um bando de marginais, colocando em causa um resultado democrático. A imprensa, como é seu timbre pega nas palavras de Sarko, onde classificou esta gente de “escumalha”, para desculpar os actos dos meninos. Coitados, foram provocados, com a derrota eleitoral.
Com esta liberdade de imprensa, quem precisa de Censura. O lápis azul da ditadura não faria melhor.

Bons e maus exemplos em política

Comecemos pelos maus. Não faz sentido nenhum não existir uma lei que proíba inaugurações por um período (curto) antes de um acto eleitoral. Fazer uma média de 2 inaugurações por dia durante um mês é brincar com a democracia. Ou as obras estavam prontas e estavam à espera do acto eleitoral ou apressam-se (inventam-se) obras e brinca-se com o dinheiro público.

O elevar da fasquia no campo político só pode ser aplaudido. Ser arguido não é o mesmo que ser culpado ou mesmo acusado, mas também não relativizemos em demasia, não somos todos arguidos e muito menos presidentes da maior câmara do país.

Obrigado, Liverpool!

Até há uns dias torcia pelo Chelsea de Mourinho, Carvalho e Ferreira... Porque o Chelsea sempre foi diferente dos demais, porque o ManUnited se equipa de vermelho (ou similar), porque o Liverpool joga mesmo de vermelho ou porque o Arsenal joga à Braga... Até há uns dias.

Mourinho tem falado muito (auto-elogios é com ele!) desde que chegou a Inglaterra. Tem já alguma obra para mostrar, o que não é para todos.

Provou, contudo, a massa de que é feito ao (i) atacar Ferguson pela soez alusão à arbitragem (a tal que nunca o incomodou por estas bandas...) e (ii) mais ainda ao atacar os Pais de Ronaldo, da forma como aqui consta reproduzido.

Ferguson, que além de um dos melhores treinadores do Mundo tem sido como um Pai para uma série de talentos, respondeu à letra dizendo o que aqui consta. Com elevação e sem segundos sentidos.

Estimo que por esta altura o Senhor Félix Mourinho sinta alguma vergonha pelo que ouve do Filho. Sei que por esta altura muitos - como eu - estão satisfeitos com a vitória do Liverpool. Espero que daqui a uns meses alguns - como eu - possam festejar o título do ManUnited e a consagração de Ronaldo como o melhor do Mundo (salvo, talvez, Káká).

Quem critica os pobres por serem pobres não merece o ar que respira.