Tertúlia Liberal

Pretende-se REFLECTIR o mundo e a sociedade, com uma nota crítica mas sem pessimismos.

domingo, outubro 28, 2007

O que se passa com as grandes bandas de música capazes de marcar uma geração ? Cresci a ouvir Queen, Dire Straits, Police, Pink Floyd, etc. Hoje parece que a música, mesmo a denominada comercial, capaz de chegar a larga audiência, se resume às actuações a solo, a uma carinha bonita tipo Shakira ou Enrique Iglésias (presumo, dada a companheira ...), boa voz (casos raros), à volta do incontornável tema do amor, sendo depois o resultado final musical sempre muito penoso, passageiro, não fica, não marca.

A música, a meu ver, não é mais do que um reflexo de como hoje se vive. As pessoas procuram tudo o que é descartável, o passageiro, o que não fica. O estrelato musical é atingido e extinto muito rapidamente. Nada fica, nada marca, tudo passa!

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domingo, outubro 21, 2007

Disciplina, rigor e excelência
A última cena do filme resume-se à célebre frase "Oh captain, my captain" dita por cada aluno na sala de aula, de pé na sua carteira, perante o olhar de estupefacção do "novo" professor de literatura, seguidor da linha clássica e substituto de Mr. Keating (representado por Robin Williams), professor conhecido pelos seus métodos mais liberais, que já despedido sorri orgulhoso à porta da mesma sala. The end.

O filme que certamente já reconheceram e que vos desafio a rever (o que fiz ontem), é daqueles que se vê de forma completamente diferente quando se tem 16 anos ou 32 anos. Para mim, é hoje claro que a educação deve basear-se em três princípios que considero imprescindíveis, a disciplina, o rigor e a excelência. Não é possível que seja de outra forma. Contudo, e porque considero a arte de bem educar, provavelmente a mais complexa de todas, entendo que tais princípios podem e devem ser temperados com outros, como a capacidade do aluno poder contestar, de pensar de forma livre ou a de tentar dar voz a paixões ou vocações naturais. De contrário, a educação é um mero trabalho de formatação standard aplicado de igual forma a todo e a qualquer ser humano, com a consequente asfixia do carpe diem que há em cada um de nós. Difícil? Complexo? Impossível?

Termino com uma citação de Henry David Thoreau, muitas vezes repetida no filme: "Fui à floresta, porque queria viver profundamente... ...e sugar a essência da vida! Eliminar tudo o que não era vida... E não, ao morrer, descobrir, que eu não vivi".

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segunda-feira, outubro 08, 2007

Já lá vão uns anos...

Foi há já uns aninhos que dois republicanos (logo, uns verdadeiros democratas, segundo a inteligentzia dominante) atentaram contra a vida (leia-se, praticaram e/ou tentaram praticar o crime de homicídio) de membros da Família Real.

Não obstante as origens citadinas do republicanismo português, apesar das consabidas ligações do movimento republicano à carbonária, sem prejuízo do facto de nunca ter sido verdadeiramente sufragada a real aceitação do povo relativamente à nova forma institucional do estado, a jacobina maioria tem insistido numa nomenclatura suficientemente desfasada para, com segurança, afastar (ou pretender fazê-lo) o ideal republicano do Estado Novo.

Com o rigor de quem reescreve a história segundo um determinado programa, já o franquismo é, evidentemente, apontado como expressão máxima de uma monarquia bacoca e afastada da real vontade dos povos. Desconsidere-se, claro, o facto de ter sido por iniciativa real que o poder régio se viu limitado... Igonore-se, naturalmente, a diminuição dos cadernos eleitorais praticada durante a maioria do consulado republicano...

A implantação da república trouxe-nos o caos nas contas públicas, a bandeira mais inestética (com origem estritamente partidária) da UE, uma participação vergonhosa na Primeira Grande Guerra, um hino militarista e com apelo directo (por deficiente adaptação) ao suicídio e, sobretudo, a o carácter difuso do sentimento nacional anteriormente corporizado no chefe de Estado.

As comemorações da implantação da república, rito ateu anualmente repetido por meia dúzia de figuras que dela participam (beneficiam?) nada de novo trouxeram. Se as do 25/4 ainda reunem meia dúzia de saudosistas, que dizer da miserável ausência de conteúdo com que nos brindaram? Que dizer - sobretudo às gerações mais novas - em sede de afirmação da nossa especificidade cultural e histórica numa Europa sem convicções ou rumo definido?

Se se consagra a irreversibilidade de uma opção revolucionária, pelo menos que não se apague o que de bom antes se foi construindo...

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quarta-feira, outubro 03, 2007




Ou eu ou ELE


Se Robert Mugabe for convidado para participar na cimeira Europa-Africa, Gordon Brown não vai estar presente.
O primeiro-ministro britânico já anunciou esta decisão a vários colaboradores e também a José Sócrates.
O que dizem desta posição de força do primeiro ministro inglês?
É claramente uma retaliação ao que mugabe fez quando expulsou e perseguiu diversos ingleses que moravam no seu país. Questões de racismo? Colonialismo mal curado? Questões económicas?
A verdade é que este tirano, há 27 anos no poder, está a levar o seu país à ruína, com aumento do desemprego, da inflação, da fome, da sida.