Saddam morto por enforcamento

Não resisti, perante a notícia deste sábado, acompanhada com imagens impressionantes da morte por enforcamento do ex-ditador iraquiano, a colocar este post (penso que será o último de 2006).

O facto (notícia) da condenação a 5 de Novembro não tinha sido comentada aqui no blog, mas achei que, agora que a condenação foi posta em prática, a devia lançar à discussão.

Todos sabemos, na generalidade, quem foi Saddam Hussein e o regime ditatorial que liderou durante décadas. Conhecemos também o crime que cometeu (pelo menos assim foi acusado) contra a humanidade, ao assassinar 148 xiitas. No entanto, todos nós, estou certo, em consonância com a posição de todos os países da UE, estamos contra o desfecho que hoje teve lugar (3h00, hora portuguesa, 6h00, em Bagdade). A pena de morte, seja ela qual for, é inconcebível (e, louve-se, o nosso país foi o primeiro a aboli-la na UE).

O papel dos americanos em todo este processo, desde a condenação à execução, é também conhecido, em traços gerais, por todos nós. Penso que, independentemente das "razões" que eles invocaram para esta decisão, esta execução teve um "gostinho especial" para os EUA e, nomedamente, para Bush. Para terminar, a pergunta fica no ar: para quando a abolição da pena de morte nos EUA? Bom... se calhar esta é mais real: será que algum dia vai ser abolida a pena de morte nos EUA?

Info-excluídos?

A Sábado desta semana reflecte - ainda que sincopadamente - os péssimos hábitos de recurso a tecnologias de informação que os "nossos" políticos ainda perfilham.

Inquiridas personagens como Marques Mendes (o menos mau nesta matéria), Santana Lopes e outros de idêntico calibre ou responsabilidade (termo quanto a alguns aplicado no seu sentido mais lato), obtivémos pérolas como a que refere que Santana Lopes lia - quando em funções - o seu e-mail em versão impressa.

Os hábitos do português típico, bastante mais activo do que os citados, resumem-se ao envio regular de mails (geralmente não relacionados com trabalho e contendo em anexo umas gajas mais assanhadas) e à leitura diária dos diários desportivos. Isoladamente não é mau, mas se desacompanhado de um conhecimento mais útil do software relevante e das bases de dados disponíveis online torna-se um pouco redutor.

Depois venham falar-me em protocolos com o MIT ou em ajudas de filantropos como Bill Gates...

Aos leitores, porque pertencentes a uma imensa (e cremos que mais sofisticada) minoria: nada como o século XXI, não é?

Férias natalícias no futebol português

Já por certo nos démos conta desta (quase) 2ª pré-época no futebol português, que inicámos esta semana. As contas são fáceis de fazer: entre a jornada do último fim-de-semana e a próxima vão distar 28 dias. É, sem dúvida, um intervalo enorme que há muito não se via no nosso campeonato.

Justificação para tão grandes "férias" é o que se procura saber. Do frio (como na Alemanha, por exemplo) não é. Da sobrecarga de jogos também não, visto que os jogos europeus (clubes e selecções) só regressam na Primavera. A resposta lógica recai sobre a época festiva que vivemos (Natal e Ano Novo). Mas seria isto suficiente para tão grande interregno? Parece claramente que não. Não se pedia uma competição à inglesa, muito conhecida pelo "boxing day", mas um mês sem futebol... bom sempre há a Taça, que ocupa um fim-de-semana inteiro (uma semana antes do re-início da Liga). Nada disto se vê por essa Europa fora. Aqui ao lado em Espanha, os jogos da Taça, para além de terem duas mãos, jogam-se sempre a meio da semana.

Como será que as equipas vão estar daqui a um mês em termos competitivos e de ritmo de jogo? Pelos vistos o que se ganhou com a redução do nº de equipas na Primeira Liga, foi apenas o facto de haver excesso de datas sem futebol, pois vemos que o equilibrio entre as equipas baixou enormemente.

Para terminar, vi que o próprio site da Liga tem a seguinte sondagem: considera que a paragem dos campeonatos profissionais é: i) Benéfica; ii) Indiferente; iii) Prejudicial. Será que estes senhores ainda têm dúvidas?

A importância do Natal
Já muito se escreveu sobre esta época e não vou entrar no bla bla do consumismo, dos símbolos pagãos e de cada ver menos ser celebrado algo que é verdadeiramente importante para os crentes, como eu, o nascimento do Jesus (como diz a minha queria sobrinha).
Existe, no entanto, algo que não tem mudado, que é a reunião da família na consoada, a comer, a beber, a conversar e a abrir as prendinhas na meia noite do dia 24. O importante é que este momento se possa manter tanto quanto possível com o mesmo universo familiar. É verdade que é utópico este meu desejo, mas esta altura serve também para recordar os entes que já não estão entre nós mas que são recordações gratas de natais que já passaram.
A todos, presentes e ausentes, um santo natal.

Reflexão para o fim-de-semana

"Só os jovens são de esquerda. Uma pessoa com cabelos brancos que ainda seja de esquerda está com problemas."

Lula da Silva, ao receber o prémio Homem do Ano da revista Isto É

"Lula ofendeu a esquerda!"

Editorial do jornal Folha de São Paulo

"Eu, Carolina" - o livro (bombástico) do momento

E, assim, de repente, Carolina Salgado surpreendeu tudo e todos (atrevo-me a dizer que até o próprio Pinto da Costa, ou Jorge Nuno como ela lhe chama) ao "dar a cara" com o lançamento deste livro (com direito a sessões de autógrafos e tudo).

Em apenas quinze dias, muito se tem já dito e escrito sobre o livro (sem dúvida que agitou vários quadrantes da sociedade portuguesa). Aliás, poucas serão as pessoas que não o devem conhecer, pois os três canais de televisão logo se apressaram a garantir uma entrevista com a autora, exibindo-as durante os seus noticiários da noite... Por um lado, compreende-se, pois o livro relata acontecimentos e suspeitas graves (escrevo com base nos excertos transcrito na imprensa, pois não li, nem tenciono ler, o livro), que é informação importante; por outro, dá-se o chamado "tempo de antena" a uma mulher, que faz uma série de "confissões" pessoais, algumas das quais de muito baixo nível, a roçar mesmo o ridículo.

Nunca Pinto da Costa terá estado tão arrependido de ter mantido esta relação, como agora... Ainda por cima quando andou alguns anos a dar enorme visibilidade e a protecção à, agora, sua ex-companheira, e deixando que ela conhecesse (e até se intrometesse) por completo a sua vida (nomeadamente relacionada com o futebol).

Vamos aguardar pelos próximos desenvolvimentos, para vermos se as "denúncias", expressas no livro, são provadas ou não.

As luzinhas de Natal

Porque razão as ruas do país têm que estar repletas de luzinhas de Natal ? Bem sei que são umas meras luzinhas de Natal, mas será que não há forma mais eficiente de se gastar o dinheiro dos nossos impostos ? As luzinhas são uma prioridade nos orçamentos das nossa autarquias ? Em Lisboa, à excepção da Avenida da Liberdade, e pouco mais, as iluminações de Natal são de estética duvidosa, já foram ver as ruas de Odivelas, Amadora, Loures, … .

Para além de uma má gestão dos dinheiros públicos, porque razão os não católicos têm que ver o menino Jesus iluminado de 5 em 5 metros na sua rua e ainda por cima pago por eles. Onde está o nosso Estado laico ?

Não crucifiquem o Paulo Bento

Eu dizia isto há um ano, mas em relação ao José Peseiro (uma das vantagens de escrever em blogues é o arquivo dos textos, podem consultar). É claro que o Paulo Bento trouxe mais disciplina, trouxe maior consistência defensiva, ficámos em 2º lugar, etc., mas meus amigos o problema do Sporting não está (nem estava) no seu treinador. O Sporting para competir internamente (já não para não falar da Liga dos Campeões) com equipas bem apetrechadas como, principalmente o Porto, mas também, sejamos honestos, o Benfica, tem que contratar em qualidade.

O Sporting é um clube de futebol, que tem duas opções, ou arrisca nas contratações (e se calhar nem tanto, pois, segundo dizem, o Carlos Freitas é um craque nesta matéria) e tenta ter uma equipa realmente competitiva, em todos os seus sectores, nos planos interno e externo ou continua a vender ilusões todos os anos aos seus adeptos.